A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, analisou a decisão do Fed de manter os juros entre 4,25% e 4,5% e seu impacto na economia global. Mesmo com inflação acima da meta, o BC dos EUA adota cautela, influenciando o câmbio e a política monetária brasileira.
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NotíciasTranscrição
00:00e trazer aqui agora para essa conversa a economista Alessandra Ribeiro,
00:05sócia e diretora de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências Consultoria.
00:10Alessandra, boa tarde para você, muito obrigado mais uma vez pela gentileza
00:14da sua participação ao vivo aqui com a gente, estou aqui com Vinícius Torres Freire
00:18para conduzir essa entrevista contigo.
00:20Acho que a gente pode começar, Alessandra, falando do que já temos,
00:23que é a decisão do Banco Central dos Estados Unidos.
00:25Acabou de anunciar que a taxa de juros por lá fica mantida.
00:31Dá a mensagem toda de Jerome Powell, presidente do FED,
00:35seja nesse comunicado, que a gente acabou de ler e como o Vinícius pontuou aqui,
00:39está difícil de tirar alguma indicação futura dali,
00:43seja do que ele falou na entrevista coletiva agora há pouco,
00:46te diz alguma coisa, te passa alguma coisa,
00:50o que você sente da temperatura hoje do Banco Central americano
00:55em relação ao futuro?
00:58Boa tarde, torce, Vinícius, a todos que estão nos assistindo,
01:03é um prazer falar com vocês.
01:05Bom, o que dá para perceber é que o FED ainda segue muito cauteloso
01:10em relação aos próximos passos de política monetária.
01:14Como vocês bem comentaram, ele está vendo uma economia ainda sólida,
01:18mercado de trabalho ainda bom, está vendo a inflação ainda um pouco acima da meta
01:24e como ele mesmo disse, não há pressa para futuros movimentos.
01:30A gente tem tempo, a política monetária está bem posicionada para a gente esperar
01:34e aí tomar as melhores decisões.
01:38Ele vê sim que essa mudança na política econômica nos Estados Unidos,
01:43com a implementação das tarifas, aumentou muito o nível de incerteza
01:47e o próprio ele coloca que ele está longe de saber todas as consequências,
01:52seja para a inflação, seja para a economia.
01:55Então, a gente vê uma postura bastante cautelosa.
01:58Minha leitura foi de um FED um pouco mais conservador nesse processo
02:03em relação às quedas futuras de taxa de juros.
02:07Eles parecem que devem esperar um pouco mais para ter um pouco mais de clareza do cenário
02:12para depois agir.
02:15Vinícius?
02:17Alessandra, o FED vai ficar parado.
02:19É uma pergunta, dado o tamanho da nossa taxa de juros,
02:22o tamanho dos nossos problemas, a pergunta parece meio ociosa.
02:26Mas isso faz alguma diferença para a política monetária aqui
02:28ou talvez para o preço do dólar?
02:31Porque se a gente tivesse um aumento de diferença de juros,
02:33a gente podia contar com um chorinho a mais de melhoria no dólar.
02:36Mas faz alguma diferença isso para a política monetária e o câmbio do Brasil?
02:42Então, Vinícius, eu acho que assim, ainda que eles demorem um pouco
02:47para reduzir essa taxa de juros,
02:50esse movimento na nossa avaliação ainda deve vir.
02:54Então, a gente também não está vendo uma mudança drástica nesse cenário
02:58do FED, por exemplo, eliminando cortes de juros,
03:02pensando até final do ano e começo de 2026,
03:06que poderia sim gerar impactos maiores para os mercados,
03:11que reprecificariam esse cenário, o que significaria um dólar mais apreciado
03:18e os efeitos aqui para a nossa moeda.
03:20Ainda não nos parece esse cenário mais provável.
03:25Sendo assim, ainda que com alguma demora nesse processo,
03:29a gente vê que o Banco Central aqui, obviamente,
03:33ele tem agora uma pressão um pouquinho menor,
03:36porque a gente está vendo que o líquido, pelo menos,
03:39desse cenário internacional todo para a gente,
03:42ele está sendo moderadamente desinflacionário.
03:45Então, acho que tira um pouco dessa pressão do Banco Central,
03:48mas ainda a gente vai ver aqui o Banco Central brasileiro
03:51fazendo essa movimentação hoje de 50 pontos, provavelmente,
03:55e a gente acha que ele ainda faz uma movimentação derradeira em junho.
03:59Mas não vejo nenhuma grande mudança aqui de rota
04:02para o Banco Central brasileiro à luz dessas sinalizações vindas aqui do FONC.
04:10Alessandra, a gente passava agora há pouco, Vinícius e eu,
04:13pelo comunicado do FED,
04:14e o FED informa ali que vai recolocar no mercado títulos que estão com ele,
04:20ou seja, vai em alguma dimensão reduzir liquidez do mercado.
04:24Não está fazendo isso via taxa básica de juros,
04:27está fazendo via recolocação desses títulos que estão em posse do FED.
04:32Isso, em alguma medida, poderia indicar uma preocupação maior com essa liquidez
04:37e ali, quem sabe, tentando buscar sinais do que vem pela frente,
04:40alguma preocupação com inflação e uma eventual proximidade de aumentar os juros,
04:48embora a gente esteja, nesse momento, muito mais pensando em
04:50quando é que o FED vai voltar a reduzir os juros?
04:55Então, Turci, eu não li dessa forma.
04:57Eu acho que o fato dele continuar com o processo dele de diminuição do seu balanço,
05:05não, na verdade, se desfazendo desses investimentos em títulos públicos americanos,
05:13eu acho que ainda mostra que o FED está vendo que, olha,
05:16com essa economia sólida, esse de mercado de trabalho ainda muito resiliente,
05:22com essa taxa de desemprego nas mínimas históricas,
05:26não tem por que a gente ter alguma mudança de política também em relação ao balanço do FED.
05:33Então, nesse sentido, ele mantém a taxa de juros paradinha lá,
05:36entre 4,25 e 4,5 e continua com a política dele de redução de seu balanço,
05:43que, na prática, obviamente, também contribuem para que a política monetária seja um pouco restritiva.
05:50Ele até mesmo colocou isso na entrevista,
05:52que a política não é extremamente restritiva, mas ela é moderadamente restritiva.
05:58Então, quando a gente coloca juros e esse processo dele em relação ao seu balanço,
06:03de diminuir o seu balanço,
06:05eu acho que mantém essa política restritiva fazendo esse papel,
06:09que qual é o papel dessa instância de política monetária juntando juros e balanço?
06:14É tentar esfriar a economia americana para trazer essa inflação para a meta,
06:18que ela ainda não está lá, está um pouquinho acima.
06:21Então, acho que ainda continua sendo esse o objetivo principal do Banco Central americano.
06:27Inícios.
06:30Alessandra, mudando, voltando para o Brasil agora,
06:32No começo do ano, até pelo menos em fevereiro,
06:36estava se discutindo quão longe de 15% a Selic tinha que ir,
06:40talvez até perto de 16%, para segurar a inflação.
06:42A partir das rabanadas do Trump,
06:47a gente começou a discutir se ia ter desaceleração da economia,
06:50queda de preços comodos, recuo do câmbio,
06:53e que isso talvez obrigasse o Banco Central a forçar menos à mão.
06:56Bom, agora até o Fox está dizendo que, pelo menos na mediana,
07:00a taxa de juros fica em 14,75 esse ano.
07:03Sobe para 14,75 e fica aí.
07:06No entanto, a gente vê a inflação acima da meta,
07:10no teto da meta, no final de 2026.
07:13E, sem grande perspectiva, ele chega à meta em 2027.
07:16Como é que fica isso?
07:17Todo mundo esperando a taxa de juros Selic em 14,75 e caindo no ano que vem,
07:22e a gente ainda tendo inflação praticamente no teto da meta,
07:26ou saindo disso, no final de 2026,
07:28que ainda é o horizonte relevante do BC.
07:31Vai mudar daqui a pouco, mas ainda é.
07:33Como é que junta as duas coisas?
07:34Não faz muito lé com cré.
07:38Pois é, Vinícius.
07:39Acho que, no fundo, o cenário internacional que a gente está vendo,
07:43é o que a gente está falando aqui,
07:45acho que ele tirou um pouquinho dessa pressão, sim,
07:47sobre o Banco Central brasileiro,
07:49porque ele está sendo ligeiramente desinflacionário.
07:52Mas, ainda assim, é como você bem colocou.
07:55A gente tem um cenário de inflação,
07:57nós temos aqui na tendência,
07:58projetamos 5,5% de IPCA esse ano,
08:01e 4,5% de IPCA o ano que vem.
08:03Então, ele só volta aí para o teto da meta,
08:07na verdade, no final de 2026.
08:09Então, por isso que a gente avalia que ainda tem um espaço,
08:12acho que o Banco Central, nesse comunicado de hoje,
08:14ele não deve afirmar que é o fim do ciclo,
08:18diante desse cenário todo que a gente está vendo aqui,
08:20com essas expectativas ainda desancoradas.
08:23E aqui também, uma economia ainda resiliente,
08:26mercado de trabalho resiliente, inflação,
08:28quando a gente olha os detalhes da inflação,
08:31principalmente a inflação de serviços,
08:32ainda muito pressionada.
08:34Então, nesse contexto, a gente acha que ainda o Banco Central
08:37mantém um espaço para atuar em junho.
08:40E aí, elevando essa Selic a 15,
08:43ele deve manter essa Selic aí por um bom tempo nesse nível.
08:47A gente sabe que a política monetária,
08:49ela demora um pouco para afetar a economia e a inflação
08:54entre seis a nove meses.
08:56Então, isso ainda vai bater na economia
08:58ao longo dos próximos trimestres
09:00para gerar esse processo de desinflação.
09:03Mas o ponto aqui é que o Banco Central
09:05deve manter essa taxa de juros alta
09:07por um bom período de tempo.
09:09E mesmo que reduzindo, em 2026,
09:12a gente tem um cenário um pouco mais alto aqui
09:14do seu mercado, com Selic em 13,
09:17ainda assim é uma política monetária restritiva.
09:21Então, aqui, diferentemente do FED,
09:23a gente não está moderadamente restritivo.
09:26A gente está altamente restritivo.
09:29Então, isso vai gerar o esfriamento da economia e da inflação,
09:33ainda que isso deve aparecer um pouco mais em 2027.
09:37Sim, a política é restritiva.
09:38A gente está com taxa real de juros de um ano em 9%.
09:42É muito, é horrível.
09:43Agora, o curioso é, parece que haver uma resignação
09:47de que inflação na meta,
09:49o prazo de atingimento da meta
09:52foi estendido para, pelo menos,
09:54dois anos e olhe lá.
09:56Parece haver um consenso quanto a isso?
09:58A gente vai viver com inflação fora da meta
10:01durante dois anos, pelo menos,
10:02e taxa de juros muito alta.
10:03É isso?
10:04Pessoal, todo mundo, mercado e BC,
10:06parecem resignados com essa perspectiva?
10:07Acho que, em parte, sim, viu, Vinícius?
10:13Em parte, sim,
10:14porque acho que o Banco Central está numa dura tarefa.
10:17Ele está, de um lado, tentando esfriar a economia
10:20para jogar essa inflação para baixo,
10:22mas, do outro, a gente tem medidas
10:24vindo aí, pensando, do executivo, do governo,
10:28que acabam contribuindo para sustentar
10:30essa economia mais resiliente
10:32e, aí, dificultando o trabalho do Banco Central.
10:36Então, a realidade é,
10:37temos o Banco Central atuando de um lado,
10:39mas, do outro, várias medidas do governo
10:41atuando no lado oposto
10:44e dificultando esse trabalho do Banco Central.
10:46Então, nesse sentido,
10:48eu acho que é por aí mesmo,
10:49assim, vendo que a gente já entrou
10:52num período eleitoral,
10:53já está, trouxe 2026 para cá.
10:56Essas medidas vão continuar,
10:58e, pelo jeito, há rumores de novas medidas.
11:00Então, é isso, a gente vai ter que lidar
11:03com um período maior de convergência
11:05da inflação para a meta,
11:06e isso significa juros mais altos
11:09do que a gente deveria ter,
11:10se as duas, olhando aí,
11:13tanto política fiscal quanto política monetária,
11:16estivessem atuando na mesma direção.
11:18Se estivessem atuando na mesma direção,
11:21certamente a gente teria essa convergência mais rápida
11:23e os juros também caindo mais rapidamente.
11:27Alessandra, a gente está aqui no aguardo
11:28da decisão sobre os juros aqui no Brasil,
11:30isso deve acontecer depois das seis horas,
11:34ainda dentro dessa edição do Radar.
11:36Só queria retomar contigo,
11:37a projeção de vocês é de que hoje
11:39vem um aumento de meio ponto percentual
11:41e ainda um outro na próxima reunião,
11:43é isso?
11:45Perfeito, Turc, isso mesmo.
11:47A gente tem um aumento derradeiro
11:49de 25 pontos na reunião de junho,
11:51com a Selic atingindo 15%.
11:54E aí ela fica nesse nível,
11:56a gente tem até o começo de 2026,
11:58quando a gente tem um ajuste gradual para 13%,
12:01e aí para, fica em 13% ainda,
12:03o que ainda é uma política monetária
12:05bastante restritiva.
12:07Alessandra, como é que você vê hoje
12:08as pressões inflacionárias?
12:09Porque falamos aqui anteriormente
12:11sobre a expectativa de inflação ter arrefecido,
12:14até por conta desse dólar mais comportado,
12:16a expectativa de um esfriamento
12:18no nível de atividade econômica.
12:20Agora, temos pressões ainda dos alimentos,
12:24por exemplo, a gente está mensalmente
12:25acompanhando aqui o IPCA
12:26e mostrando como eles começam,
12:29os alimentos começam a ensaiar uma queda,
12:30parece que vai cair e volta a subir.
12:32A gente tem vários alimentos importantes
12:34para o dia a dia do brasileiro,
12:36café talvez seja o maior exemplo deles,
12:39a carne, aconteceu com o leite,
12:42enfim, agora o tomate também,
12:43quer dizer, alimentos até de difícil substituição,
12:46cada hora um, quando não todos,
12:49subindo bastante.
12:49Como é que você vê hoje
12:50essas outras pressões inflacionárias também,
12:53a perspectiva para isso?
12:56Pois é, a gente tem esse cenário
12:58que é um cenário também difícil,
13:01quando a gente abre aqui as nossas projeções,
13:04o IPCA é 5,5,
13:05então a gente tem uma aceleração
13:07em relação ao ano passado,
13:09a gente até conta com alguma moderação
13:11na inflação de alimentos,
13:12contando principalmente para alimentos no domicílio
13:15em relação ao ano passado,
13:17mas ainda assim é uma inflação que fica rodando
13:20na casa de 6%, a inflação no domicílio,
13:24e uma inflação de serviços mais pressionada
13:26que no ano passado,
13:27na verdade acelerando,
13:29porque a gente está vendo uma economia ainda dinâmica,
13:32um mercado de trabalho resiliente,
13:34e isso se traduzindo em inflação de serviços
13:37bastante elevada.
13:39Então, assim, de forma geral,
13:41a gente vê um quadro de inflação aí,
13:44olhando a difusão da inflação pelos itens,
13:47é uma inflação ainda bastante difundida.
13:51O que a gente está vendo,
13:52quando eu cito que agora com reflexo
13:55desse contexto todo internacional,
13:57que a gente tem aí um ligeiro viés desinflacionário,
14:01é que a gente já começa agora a captar
14:03o efeito da queda de petróleo,
14:05em especial no mercado internacional aqui,
14:07juntando aí com esse câmbio um pouco mais comportado,
14:11olhando o real dólar.
14:14Então, isso a gente já vê afetando
14:16algumas linhas do IPCA,
14:17mas de forma geral,
14:19ainda a gente tem uma disseminação
14:20bastante importante.
14:23Vinícius?
14:24Alessandra, então você espera,
14:26você está falando que termina o IPCA em 5,5%,
14:28você acha que talvez você,
14:30como tanta gente veja,
14:32o IPCA subindo até um pouco depois
14:34do final do primeiro semestre,
14:35e depois caia para 5,5%.
14:38E quanto à atividade,
14:40a gente começa a ver atividade
14:42sofrendo o recuo do PIB,
14:44do emprego,
14:45nessa mesma época,
14:46julho,
14:47porque a gente está vendo a economia
14:48com desaceleração muito pequenininha ainda.
14:51Vai ter desaceleração a partir de quando,
14:53para vocês?
14:53Pois é, Vinícius,
14:56é isso mesmo,
14:57é uma atividade ainda bem resiliente,
15:00mas nós imaginamos que
15:02essa perda de tração
15:04deve aparecer um pouco mais
15:05no segundo semestre.
15:07Então, quando a gente começa a captar
15:09um pouco mais os efeitos
15:11da política monetária,
15:12e das condições financeiras apertadas
15:14de forma geral,
15:16quando a gente olha,
15:17não só,
15:17aí está falando Selic,
15:18mas olhando toda a curva futura de juros,
15:21então, isso vai começar a bater mais
15:23no segundo semestre.
15:25A gente também tem efeitos aqui,
15:28pensando na atividade,
15:29da própria atividade global.
15:31Pelos nossos modelos,
15:34a gente pega, inclusive,
15:35no mesmo trimestre.
15:37Então, a gente também tem essa questão
15:38da atividade global,
15:39que acho que, pelo que a gente está entendendo,
15:42ela vai acabar se materializando
15:44numa perda de dinamismo de PIB,
15:46das principais economias,
15:47e do PIB global,
15:49e isso também contribuindo
15:50para essa desaceleração
15:51um pouco mais clara
15:52no segundo semestre.
15:54Porque aí a gente tem
15:55a economia fechou
15:56com o crescimento de 1,9%.
15:59Mas você vê o desemprego
16:00terminando o ano
16:01um pouquinho acima do ano passado
16:03ou no mesmo nível?
16:04Essa pergunta tem até
16:05relevância política também,
16:06não só econômica.
16:07Você acha que a taxa de desemprego
16:08no final do ano é igual
16:09ou fica um pouquinho maior
16:11lá por dezembro?
16:13A taxa média
16:14deve ficar muito próxima
16:15do ano passado.
16:16A gente não está vendo
16:16um aumento da taxa média
16:18de desemprego esse ano, Vinícius.
16:20A gente está vendo
16:20um pouco mais para 2026,
16:22por mais paradoxal que seja,
16:25mas é que a gente tem
16:26uma desaceleração adicional
16:27da economia em 2026
16:28e aí essa taxa de desemprego
16:30aumenta um pouco mais.
16:31Mas esse ano
16:32fica muito alinhado
16:33com o que vimos no ano passado.
16:35Renda crescendo 4% ao ano ainda.
16:38Fica nesse ritmo
16:39até o final do ano ou cai?
16:41Renda real?
16:42Isso.
16:42Perfeito.
16:45A gente, olhando o fechamento
16:47de ano, ainda é uma renda
16:49fechando na casa de 4%.
16:51Então, ainda é muito expressivo.
16:53Por isso que esse é um vetor
16:55forte para a sustentação
16:56do consumo das famílias
16:58e, obviamente, fortalecido
17:00com as medidas que o governo
17:01vem anunciando.
17:02Mas o mercado de trabalho,
17:04especialmente em renda,
17:05ainda continua dando um bom
17:07suporte com 4% de crescimento.
17:09Alessandra Ribeiro,
17:11economista, sócia e diretora
17:13de Macroeconomia e Análise Setorial
17:15da Tendências Consultoria.
17:18Muitíssimo obrigado, Alessandra,
17:19por mais essa canja aqui no Radar
17:21e boa semana para você.
17:23Eu que agradeço.
17:24Boa semana a todos.
17:26Obrigado.
17:26Obrigado também ao Vinícius
17:27pela participação.
17:28Valeu, Vinícius.
17:29Valeu,-vá-vi-ú-vi-un.