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  • ontem
"E quando o verão voltou..."
Eles se conheceram sob o sol dourado de um verão que parecia eterno. As ondas quebravam preguiçosas na areia enquanto seus risos se misturavam ao som do mar. Não prometeram nada. Apenas viveram. Mãos entrelaçadas, olhares que falavam mais do que palavras jamais conseguiriam. Foi intenso, foi leve, foi verdadeiro. Um amor de verão — desses que o tempo tenta levar, mas o coração insiste em guardar.
Quando setembro chegou, vieram as despedidas. Cada um seguiu seu caminho, com promessas silenciosas de lembrança. A vida seguiu, como sempre segue. Mas algo dentro deles ficou ancorado naquele verão: o cheiro do sal, o gosto do beijo, a maneira como o outro dizia o nome deles como se fosse poesia.
Os anos passaram. Outros verões vieram, outras histórias começaram e terminaram. Mas nenhum calor era igual àquele. Nenhum amor tinha aquele gosto de liberdade e destino ao mesmo tempo.
E então, como quem desafia o acaso, eles se reencontraram.
Era outro verão. Outras marcas no rosto, outros sonhos no olhar. Mas o coração? Ah, esse reconheceu na hora. Como se o tempo tivesse apenas dobrado uma esquina, só para trazer de volta o que nunca devia ter ido embora.
Se olharam como se o mundo tivesse parado. E, naquele instante, tudo fez sentido. O verão de antes não tinha sido um fim. Tinha sido apenas uma pausa.
Eles se abraçaram — não como estranhos que um dia se amaram, mas como almas que finalmente voltavam para casa.

Categoria

Pessoas

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