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  • anteontem
Quem imaginaria que o meu último ato de amor por você seria o silêncio?
Amar você foi como respirar — natural, intenso, inevitável. E agora, amar você exige o oposto: calar, conter, esconder.
Guardo comigo, em segredo, tudo aquilo que um dia foi grito: o brilho nos olhos ao te ver, os gestos involuntários, as palavras doces que escapavam do meu peito sem pedir permissão.
Hoje, me resta contemplar suas fotos como quem olha um sonho que já acordou. Reler nossas conversas, buscar no passado um fragmento de nós, e ainda assim… aceitar. Aceitar que a nossa história se encerrou, mesmo que ela ainda viva em mim.
Deixar partir quem a gente ama talvez seja o jeito mais cruel — e ao mesmo tempo mais puro — de amar.
É permitir que outro alguém te encontre, te abrace, te cuide, ocupe o lugar que era meu.
É desejar, em silêncio, que você seja feliz… mesmo que não seja comigo.
Só quem amou profundamente entende a dor de esperar por uma mensagem que não vem.
O celular aceso, a tela vazia, o eco de um silêncio que grita mais alto que qualquer adeus.
Porque às vezes… amar de verdade é saber parar.
É escolher deixar o coração sangrar quieto, enquanto ele ainda clama o seu nome.
É seguir em frente, mesmo com o amor ainda vivo — só que agora, trancado num canto da alma, onde ninguém mais vê… além de mim.

Categoria

Pessoas

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