Em 2025, Brasil e Japão celebraram 130 anos de relações diplomáticas com 10 acordos governamentais e 80 cooperações entre empresas. O embaixador Teiji Hayashi destacou a retomada da parceria em carne bovina, biocombustíveis e investimentos industriais, com mais de R$ 4 bilhões anunciados por empresas japonesas.
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NotíciasTranscrição
00:00A guerra comercial iniciada por Donald Trump está incentivando outros países a fortalecer parcerias.
00:07No caso do Brasil, uma das relações mais promissoras é com a quarta maior economia do mundo, o Japão.
00:14Nós temos uma proximidade histórica.
00:16O Brasil é o lar da maior população de japoneses e descendentes fora do país asiático.
00:22Agora, em 2025, comemoramos 130 anos de relações diplomáticas entre as duas nações.
00:28Mas o comércio bilateral já foi maior.
00:32Em 2011, somou 17 bilhões de dólares.
00:35No ano passado, 11 bilhões.
00:38Os dois governos estão trabalhando para melhorar isso.
00:41No mês passado, o presidente Lula visitou o Japão com uma comitiva de ministros e empresários.
00:48Para analisar o potencial dessa relação e as oportunidades que temos pela frente,
00:52o radar recebe aqui no estúdio o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi.
00:59Embaixador, boa tarde.
01:00Muito obrigado pela gentileza da sua participação aqui com a gente.
01:03Boa tarde.
01:04Obrigado pela sua visita aqui ao nosso estúdio.
01:07Embaixador, queria começar perguntando para o senhor exatamente sobre essa visita que o presidente Lula fez ao Japão
01:12no mês passado com uma comitiva, com parlamentares, ministros, empresários.
01:17E por conta dessa viagem, foram fechados 10 acordos entre os governos e 80 instrumentos de cooperação entre empresas, universidades, organizações dos dois países.
01:29Como é que o senhor avalia esse saldo, esse resultado da visita?
01:32Realmente foi uma visita histórica, no contexto bilateral entre o Japão e o Brasil.
01:40O governo japonês tomou a decisão de convidar o presidente brasileiro como visita oficial de primeira categoria.
01:47Explico. No caso do Japão, somente um chefe de Estado será recebido como essa primeira categoria.
01:56E, além disso, durante seis anos, essa primeira categoria foi suspendida devido à Covid,
02:02porque temos a jantar de gala no Palácio Imperial e outras coisas.
02:08E o governo japonês escolheu o presidente brasileiro para retomar essa primeira categoria.
02:16E, na parte brasileira, 11 ministros acompanharam a visita ao presidente Lula.
02:23Mais de 100 empresários brasileiros também foram ao Japão para acompanhar o presidente.
02:28E organizamos um foro econômico com mais de 500 empresários japoneses e brasileiros.
02:35Então, foi realmente um sucesso e estamos preparando para desenvolver mais com essa base da visita do presidente Lula no Japão.
02:44Agora, embaixador, falando da guerra comercial, o governo dos Estados Unidos aplicou sobre os produtos japoneses uma tarifa de 24%,
02:53que agora está suspensa, está valendo 10% para o Japão, como para o Brasil, como para todos os outros países.
02:59E o Japão compra muita carne bovina dos Estados Unidos.
03:03E, além do tarifaço, os Estados Unidos estão com um problema do tamanho do rebanho bovino lá.
03:08Eles estão com um rebanho bovino que é o menor em quantidade de cabeças em sete décadas.
03:14E aí o Brasil vem negociando com o Japão para tentar vender carne bovina para o Japão também já faz tempo, faz mais ou menos 20 anos.
03:20E a gente esbarrava no problema de uma doença que é a febre aftosa.
03:25Agora, o Brasil, desde o ano passado, está livre de febre aftosa, sem a necessidade de vacinação, que é uma exigência do Japão.
03:33Mas o Brasil não tem um certificado internacional ainda de estar livre.
03:37Esse certificado deve sair no mês que vem.
03:39Essa é a previsão.
03:40Uma vez que saia esse certificado, o caminho estaria livre para a carne bovina brasileira poder entrar no Japão?
03:46É, sim. Exatamente. O tema de aftosa da coluna bovina brasileira foi um dos focos de conversas entre os dois líderes,
03:59nosso primeiro-ministro Ishiba e o presidente Lula.
04:02E, então, os dois líderes fizeram um acordo de, primeiro, mandar uns inspectores japoneses ao Brasil.
04:10Já estou preparando para isso.
04:13E, depois, os especialistas, eles vão fortalecer seus trabalhos para buscar solução desse problema.
04:22Então, temos bastante expectativa de estar pronta solução desse problema.
04:28Já há alguma previsão para a visita desses técnicos para conhecer o rebanho brasileiro?
04:33Estamos preparando, né? Estamos preparando, mas eu posso dizer que dentro de uns meses já vamos receber esses inspectores japoneses aqui.
04:44Havia até uma previsão de maio, mês que vem. Vai ser possível ou não vai demorar um pouco mais?
04:49Depende, né? Os dois especialistas estão coordenando, porque deve ser uma visita fructífera, né?
04:55Temos que preparar bem a visita para conseguir bons resultados.
04:59Então, exatamente, os especialistas estão coordenando como deve ser essa visita técnica de inspectores japoneses.
05:09Agora, parece ao senhor que a gente está perto de um acordo, que a gente está perto de conseguir mandar a carne brasileira para o Japão?
05:16Esse problema deve estar resolvido com dados científicos.
05:22Então, é muito difícil prever o resultado, quando vai resolver ou como seria o resultado.
05:28Mas podemos acelerar o trabalho para buscar uma solução, né?
05:34Agora, entre os entendimentos que ficaram acertados nessa visita do presidente Lula, junto com toda a comitiva,
05:40é tal de que o Japão vai colaborar com o Brasil na recuperação de pastagens degradadas e terras agrícolas também.
05:47Isso também visa um possível fornecimento de carne bovina para o Japão?
05:52Ou seja, que a gente possa ter pastos mais saudáveis, recuperados, ricos,
05:58para, inclusive, poder garantir o abastecimento de carne bovina para o Japão, se isso for adiante, como se espera?
06:04Eu acho que, sim, possivelmente, essa cooperação sobre pastagens degradadas pode servir para a produção de carne bovina no Brasil.
06:16Mas estamos fazendo essa cooperação com um sentido mais amplo.
06:21Na história, nosso governo trabalhou muito com a Embrapa para desenvolver o Cerrado.
06:31E, naquele momento, o Cerrado foi uma terra infertil.
06:35Mas, graças aos nossos expertos, as cooperações com a Embrapa,
06:40agora, como sabem, é um centro de produção de grão.
06:43E, agora, o governo de Japones compreende que a agricultura brasileira se enfrenta a esse problema,
06:54pastagens degradadas, caindo essa sua produtividade agrícola
06:58e também está vinculada com esse problema de desmatamento de árvores.
07:03Então, em vários sentidos, para cooperar, com o fim de cooperar para resolver problemas de caída de produção agrícola,
07:20também desmatamento, o governo japonês tomou a decisão de avançar essa cooperação contra essas pastagens degradadas.
07:28O Japão também tem a intenção de aumentar a mistura de etanol na gasolina.
07:33Tem a meta de que essa mistura chegue a 10% até 2030 e a 20% até 2040.
07:40Isso seria feito com o etanol do Brasil também, embaixador?
07:43É, realmente, não temos realmente nomeado.
07:47Mas, como sabem, o Brasil é um dos maiores produtores de etanol.
07:53Então, várias empresas japonesas têm interesse de trabalhar com empresas brasileiras para importar
08:01e também, por exemplo, para tornar etanol em SAF,
08:04SAF é esse combustível, biocombustível para aviões.
08:11Então, essa área de biocombustível, energia renovável, é realmente um potencial para nossa cooperação bilateral.
08:20O desenvolvimento de biocombustíveis também é algo que o Japão está olhando e enxerga o Brasil como um parceiro?
08:27É, sim, sim, sim.
08:28Por exemplo, tornar etanol em SAF, esse biocombustível para aviões,
08:34tecnicamente ainda não está bem estabelecido.
08:37Mas várias empresas japonesas têm projetos de experimentos, né,
08:43para fazer essa tecnologia mais viável.
08:48Um acordo comercial entre Japão e Mercosul é uma possibilidade real na visão do senhor?
08:56Sim, tivemos também um avanço importante durante a visita do presidente Lula.
09:02Ainda, embora ainda temos que discutir mais sobre esse assunto,
09:10mas os dois líderes também fizeram um acordo de montar um marco,
09:16chamado como Marco Estratégico Japão-Mercosul,
09:20onde podemos aprofundar nossas discussões sobre relações comerciais.
09:27Quais são os produtos do Brasil e do Mercosul que caberiam bem para o Japão nesse momento?
09:34Ou seja, onde haveria um potencial para o Japão passar a comprar mais?
09:37Atualmente, o Japão está importando carne de frango, também este produto de ferro e algumas outras coisas.
09:50E, obviamente, essa carne, carne suína, carne bovina, tem potencial.
09:56Então, mas no futuro, por exemplo, durante a visita do presidente Lula,
10:01uma empresa japonesa aérea, o Nippon Airways, tomou a decisão de comprar 20 aviões de Embraer.
10:09Então, eu acho que, por exemplo, essa área manifatureira, como esta indústria aérea,
10:17podemos buscar mais parceiros, ou seja, relações comerciais também parceiros
10:23entre as empresas japonesas e brasileiras.
10:26E aí, olhando o outro lado agora, quais são os produtos que o Japão gostaria que o Brasil comprasse mais?
10:32Ah, sim.
10:35Primeiro, eu gostaria de destacar que, por exemplo,
10:38agora temos muitos investimentos japoneses no Brasil.
10:43A partir do começo do ano passado, início do ano passado,
10:46as empresas japonesas anunciaram como 44 bilhões de reais de investimento no Brasil.
10:55Toyota, Honda, Nissan, Nissan, Nissan, tem várias fábricas e eles estão planejando ampliar suas instalações no Brasil.
11:05Então, eu acho que, para esses investimentos, mais abertura do mercado brasileiro,
11:14sobretudo para peças, autopartes, ou também máquinas de manufacturação, serão importantes.
11:23Então, estamos esperando essa nova parceira industrial entre o Japão e o Brasil.
11:28E como é que o senhor vê hoje o ambiente para esses investimentos,
11:33para essas empresas continuarem investindo com essa guerra comercial acontecendo?
11:37O senhor acha que é um momento em que as empresas estão colocando o pé no freio,
11:41parando um pouco para esperar e ver os desenvolvimentos disso?
11:44Sim.
11:45Mas estou falando com alguns empresários japoneses.
11:50Estados Unidos, obviamente, é o primeiro parceiro econômico, comercial de investimento.
11:58Para o Japão.
12:00Mas, para mitigar esse tipo de riscos, que podemos olhar no futuro também,
12:05temos que diversificar os parceiros, também mercados.
12:10No mesmo caso, estou dizendo aos empresários brasileiros.
12:14Agora, por exemplo, para a explotação de produtos brasileiros,
12:19muitas empresas dependem do mercado chinês,
12:21ou também matérias-primas.
12:24Mas, tem que diversificar seus mercados para qualquer risco internacional no futuro.
12:32E o Japão poderia ser um dos candidatos de novos parceiros para eles.
12:36E diversificar, inclusive, do Japão aqui no Brasil,
12:39o senhor citou os exemplos de investimentos de montadoras aqui.
12:42Sim.
12:43O senhor acha que existem outras frentes em que empresas japonesas também podem investir mais aqui?
12:47Estou dizendo, por exemplo, às empresas japonesas.
12:51Agora, temos que pensar América plus 1.
12:54E este 1 plus 1 seria Brasil, para as empresas japonesas.
12:59Para a gente encerrar, então, embaixador,
13:01queria fazer uma pergunta para o senhor sobre a guerra comercial.
13:05A Casa Branca chegou a divulgar dias atrás
13:07que alguns países já tinham procurado o governo americano para negociar.
13:11E a Casa Branca citou o Japão como um desses países.
13:15Queria saber do senhor, se o senhor poderia dizer para a gente
13:17como é que está essa negociação do Japão com os Estados Unidos.
13:22O Estados Unidos é realmente um parceiro,
13:25não somente comercial para o Japão também,
13:27para a segurança nacional e para várias coisas.
13:30E temos já laços muito fortes com os Estados Unidos.
13:35Por isso, o presidente Trump escolheu o Japão
13:38como a primeira parte de negociação sobre essas tarifas adicionais.
13:44Então, o nosso ministro encargado de estes negócios
13:48visitou Washington há duas semanas.
13:52E ele, nesta semana, vai Washington como segunda negociação.
13:55Então, espero, obviamente, uma boa solução para ambas partes,
14:01porque a solução deve ser beneficiosa para ambas partes.
14:09Mas eu, em minha carreira diplomática,
14:13tive experiências de negociação, por exemplo, o CTPP,
14:18o acordo de livre comércio com os Estados Unidos e tal.
14:23Realmente, não seria uma negociação fácil, eu imagino.
14:29Agora, o senhor disse, então, que nesse caso
14:32foi o governo americano que procurou vocês?
14:34É, sim.
14:35Obviamente, também o governo japonês, né?
14:39Obviamente, quer buscar uma solução, né?
14:42Pronta solução.
14:45Porque os Estados Unidos são realmente um parceiro importante para o Japão.
14:49Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi,
14:52e, embaixador, muitíssimo obrigado pela gentileza da sua visita aqui
14:55ao estúdio do Times Brasil.
14:57Obrigado pela entrevista e um bom resto de semana para o senhor.
15:02Muito obrigado pelo convite.
15:04Arigato.
15:04Muito obrigado.
15:05Arigato.
15:06Obrigado.
15:06Obrigado.
15:06Obrigado.
15:07Obrigado.
15:08Obrigado.