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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, admitiu que o governo foi alertado sobre irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas afirmou não ter conhecimento da extensão do esquema de fraudes que resultou em um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões.

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Transcrição
00:00O ministro da Previdência Social, Carlos Lupe, admitiu que sabia das denúncias sobre os desvios do INSS,
00:07mas alegou não ter levado a sério, por não ter a dimensão desse esquema.
00:13Segundo Lupe, não tem como fingir não saber sobre o esquema,
00:17pois cerca de 740 mil aposentados e pensionistas se queixavam através da própria plataforma no INSS,
00:25segundo informou a Controladoria Geral da União.
00:28O ministro esteve na Comissão da Previdência Social, na Câmara, nesta terça,
00:34onde foi ouvido pelos parlamentares sobre esses desvios, na ordem de 6,3 bilhões de reais,
00:41envolvendo a entidade e também vários sindicatos.
00:45Tem vários assuntos e várias informações sobre esse episódio do INSS.
00:51Começando com essas manifestações do ministro Lupe,
00:54chama o Roberto Mota, já ao vivo, conectado com a gente, preparado.
00:59Mota, seja bem-vindo, viu?
01:01Ótima noite a você.
01:02Carlos Lupe, ministro da Previdência Social, na Berlinda, né?
01:07Parece que em uma situação normal, ou em uma administração que tentasse zelar pelas boas condutas,
01:15possivelmente ele já teria sido afastado, ou teria pedido pra sair, né?
01:19Olha, eu saio, vocês investiguem aí, se nada for comprovado, eu retorno.
01:24Mas, por enquanto, nada.
01:26Tem muita coisa esquisita nessa história, Caniato, ainda esperando uma boa explicação.
01:35Boa noite pra você, boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
01:40Essa é uma excelente oportunidade pra explicar a diferença entre uma empresa estatal ou Estado e a iniciativa privada.
01:49Imagine que você é presidente ou diretor de uma grande empresa
01:52e chega ao seu conhecimento de que uma determinada operação está sendo fraudada.
01:57O que você faz?
01:59No segundo seguinte, você ordena que aquela operação pare imediatamente.
02:05É o que você faria.
02:07Há um buraco que está sangrando o dinheiro da empresa,
02:11esse buraco tem que ser fechado imediatamente.
02:15Mas não foi isso que aconteceu.
02:17O ministro disse uma coisa muito certa.
02:20Ele disse que a Previdência Social já tem problemas de fraudes há muitos anos.
02:26Fraude em Previdência acontece até nos Estados Unidos.
02:30Elon Musk descobriu que o governo americano pagava aposentadoria
02:33para pessoas que tinham 145, 150 anos de idade.
02:38Evidentemente, era fraude.
02:40A diferença entre Brasil e Estados Unidos está nas consequências.
02:46O que a gente conclui, ao olhar a história recente do Brasil,
02:51é que roubar dinheiro público no Brasil vale muito a pena.
02:55Perigoso mesmo por aqui é dar opinião.
02:59Pois é, estamos repercutindo algumas falas do ministro da Previdência Social,
03:05Carlos Lupe, que admitiu que o governo sabia desses desvios no INSS,
03:10pois, segundo ele, algumas denúncias já haviam sido formalizadas,
03:15inclusive no próprio telefone que recebe as ligações dos aposentados e pensionistas do INSS.
03:22Ontem ele falou sobre esse serviço, o número, inclusive, salvo engano, 135.
03:27Daqui a pouco eu vou trazer, inclusive, essa fala do ministro Lupe.
03:30Vou chamar o Luiz Felipe Dávila, está com a gente também preparado.
03:34Apostos vai trazer suas análises e percepções sobre essas manifestações,
03:40essa maneira que o Lupe tem de tratar dessa questão.
03:44Surpreende quando ele fala que não, não vamos mentir, nós sabíamos.
03:48Aí ele, em dado momento, revela para os deputados que não tinha a dimensão do tamanho disso,
03:56mas que já havia sinalizações de que muitos teriam sido lesados por esse esquema dávila.
04:02O que a gente pode aguardar a partir dessas manifestações de Carlos Lupe aos deputados no dia de ontem?
04:09Boa noite, Canhato.
04:10Boa noite, Mota.
04:11Boa noite, Beraldo.
04:12E boa noite, nossa querida audiência.
04:15Bom, vamos aos fatos.
04:16Primeiro, governos da esquerda fazem pouco caso com escândalos de corrupção.
04:23Não é só o INSS.
04:25É pé de meia, compra de material, rombo nas estatais, desvio de dinheiro em fundo de pensão.
04:31É uma sequência interminável de roubo, desvio, gatunagem do dinheiro nosso, dos aposentados,
04:41aqueles que deveriam ir para as escolas, aquele dinheiro que deveria ir para as pessoas doentes, como é o caso do BPC.
04:48É uma vergonha total.
04:50Agora, vamos ao caso especificamente do ministro Carlos Lupe.
04:54Primeiro, tiveram vários alertas ao longo dos últimos dois anos.
05:01Alerta do Tribunal de Contas, da corrajadoria, de investigações, de denúncias internas na Previdência.
05:09E o ministro parece que fez pouco caso.
05:11Agora, o mais grave, Caniato, é que esse roubo milionário de quase mais de 8 bilhões de reais estimados,
05:20dinheiro roubado, 8 bilhões de reais roubados dos aposentados,
05:26mais do dobro disso aconteceu nos últimos dois anos.
05:29Então, não é um caso isolado de corrupção.
05:32É um esquema gigantesco de corrupção.
05:35Porque nós estamos falando que metade do dinheiro dessa fraude aconteceu nos últimos dois anos.
05:41Então, não é algo que passa desapercebido.
05:45É algo que deveria chamar muita atenção e com todos esses alertas dos órgãos fiscalizadores.
05:51E cada dia, né, Caniato, aparece um novo personagem nessa história
05:56que deixa a situação ainda mais enrolada.
05:59Vejam só, os principais agentes desse roubo
06:03eram justamente ex-funcionários do INSS.
06:08É gente que conhecia o esquema, que estava interligado em todo esse esquema do desvio de dinheiro.
06:13Um deles, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o careca do INSS,
06:21só ele, o desvio foi de mais de 53 milhões de reais com 19 empresas laranjas.
06:28Desvio, é uma vergonha.
06:30Como é que isso passa desapercebido pelos órgãos de controle, de fiscalização do próprio INSS?
06:37Portanto, a situação do ministro Carlos Lupe está se tornando insustentável no governo.
06:46E vejam só, mais uma vez, ele se atrapalha num cargo ministerial,
06:52como foi o caso do primeiro governo que ele participou do PT em 2011 como ministro de trabalho,
06:57por causa de convênios com essas empresas de fachada que desviam dinheiro público.
07:04Mais uma vez, a cena do roubo volta a ser a mesma.
07:09Desvio de dinheiro por meio de empresas fantasmas.
07:13Dessa vez, tungando o aposentado brasileiro.
07:17Pois é, o Dávila fala em situação insustentável.
07:21Será que o ministro Lupe se mantém no cargo?
07:24Porque muitos fazem essa análise, né?
07:25Há uma relação histórica entre o partido do ministro e o partido do presidente da República.
07:31O presidente não quer perder apoio no Congresso Nacional,
07:34porque há sinalizações de que se o ministro sai da esplanada,
07:39o PDT desembarca do governo.
07:40Daqui a pouco a gente vai trazer isso, inclusive.
07:42Cristiano Beraldo também com a gente.
07:44Vai trazer suas análises e reflexões sobre esse momento que envolve o governo,
07:50especialmente com essa crise do INSS.
07:52Beraldo, seja bem-vindo.
07:54Ótima noite a você.
07:55A manifestação do ministro ontem na Câmara dos Deputados.
07:59E aí ele deu a seguinte declaração, vou abrir aspas, hein, pro ministro Lupe.
08:02Eu sabia que tinha uma denúncia aqui, outra acolá.
08:05A gente sempre soube.
08:07Não vamos fingir que não.
08:08O 135 denunciava isso.
08:10A gente recebia queixa, a própria plataforma do INSS aparecia com algumas pessoas denunciando.
08:16Agora, nesse quantitativo, com uma organização, com uma quadrilha verdadeira,
08:22eu tomei conhecimento agora.
08:24Isso não pode continuar.
08:26Essas foram as palavras de Carlos Lupe, Beraldo.
08:29Bem-vindo mais uma vez.
08:31Ufa, ainda bem que o ministro falou que não pode continuar, Caniato.
08:35Boa noite a você, boa noite ao Dávila, ao Mota, e boa noite à nossa audiência que
08:39nos prestigia diariamente aqui nos Pingos, no Ziz.
08:42Olha, Caniato, é impressionante como o ministro se coloca numa posição de reconhecer que
08:48prevaricou, afinal de contas, se houve denúncias em relação a desvio de dinheiro nos benefícios
08:57que estavam sendo pagos aos aposentados.
08:59Era a obrigação máxima dele intervir imediatamente e fazer cessar esse esquema extremamente conhecido
09:08daquelas pessoas que estão administrando esses milagres do desaparecimento do dinheiro no INSS
09:16e que sabiam que aquilo ali fedia, fedia a roubo, fedia a corrupção, porque ninguém faz uma operação dessa,
09:26ninguém concede esses benefícios milionários, bilionários, a determinadas instituições,
09:32algumas delas ligadas à mesma pessoa, sem que haja um acordo político para tal.
09:39Agora, o ministro que, diante dessa situação, ainda trata isso tudo como se fosse uma coisa menor,
09:49como se fosse parte dos ossos do ofício, que ele está ali, que, puxa vida, temos que lidar com essa situação,
09:57ora, veja, e vai ficando.
10:00O vai ficando, para mim, é pior ainda do que o roubo, porque demonstra de forma inequívoca
10:07que o governo está de quatro.
10:10O governo, ele é tão fraco, ele não tem um projeto em que se agarrar,
10:17que ele vai vivendo de olhar para o lado quando há comprovação de maus feitos no governo,
10:26em troca do apoio do PDT, que é um partido nanico atualmente.
10:31É um partido que não tem relevância mais no debate nacional e que tem em Ciro Gomes a sua voz
10:40que se destaca neste debate, mas que é contrária aos interesses do próprio partido.
10:48Porque Ciro Gomes, em todas as oportunidades que tem, em debates que participa, em entrevistas que concede,
10:55fala com todas as letras os absurdos que estão acontecendo nesse governo.
11:02Mas o partido de Ciro Gomes continua lá, tendo o seu presidente Carlos Lupe ocupando o ministério
11:10onde há atualmente esta, não é uma denúncia, mas uma verificação de desvio bilionário
11:18a partir de descontos indevidos nas aposentadorias pagas no INSS.
11:24Então não há mais nenhuma preocupação com a moral, não há mais preocupação com princípios,
11:30não há mais preocupação com absolutamente nada que deveria balizar a atuação de qualquer agente na política brasileira.
11:40Enfim, este caso é um retrato do Brasil de hoje.
11:44Zé Mota, você faz um paralelo muito interessante entre a administração pública e a iniciativa privada,
11:52você falou disso há pouco, quais são as atitudes tomadas em relação a determinadas crises,
11:57situações parecidas, similares e como os gestores tomam as decisões no serviço público e também na iniciativa privada.
12:06Olhando para esse aspecto e essa comparação, esse paralelo que você faz,
12:11que a gente pode entender sobre a maneira como o governo avalia essa situação
12:16e como deve tratar a figura de Carlos Lupe.
12:20Porque se Carlos Lupe, em uma organização da iniciativa privada, fosse um diretor,
12:25o presidente da república seria, sei lá, o presidente da companhia, o CEO.
12:30De que maneira, na iniciativa privada, ele trataria dessa questão o presidente da companhia,
12:35o CEO para o diretor que acaba gerindo um departamento, que estoura uma situação como essa
12:42e como provavelmente ou possivelmente nós veremos na administração pública.
12:48Na iniciativa privada, o diretor responsável pela área teria perdido seu emprego imediatamente
12:54e o CEO também.
12:56Eles teriam sido demitidos pelo conselho de administração,
13:00que são os representantes dos acionistas.
13:03É mais ou menos como se o eleitor pudesse demitir o político.
13:08Eu votei nele, mas ele me decepcionou.
13:12Então dá aqui esse mandato de volta.
13:15Nos Estados Unidos, em alguns estados, existe essa possibilidade.
13:20Você pode pedir o mandato de volta.
13:22Se chama recall.
13:24Se eu não me engano, já aconteceu duas vezes no estado da Califórnia.
13:28É um caso que eu me lembro muito bem.
13:29Pelo menos uma vez, o governador perdeu o seu mandato porque decepcionou os eleitores.
13:34Agora, o que eu queria chamar a atenção aqui, Caniato,
13:37é por um fato que aconteceu, eu acho que já tem dois anos.
13:42Um grupo de empresários sérios, respeitáveis,
13:47responsáveis por centenas de milhões de impostos,
13:51de reais em impostos,
13:53por milhares de empregos,
13:54tinham um grupo de WhatsApp privado
13:57e faziam comentários.
13:59Um desses comentários vazou.
14:02Acho que no dia seguinte ou dois dias depois,
14:05a polícia estava na casa de vários deles,
14:08operação de busca e apreensão,
14:11levou celulares, computadores,
14:14bloqueou as contas bancárias
14:16e começou uma investigação que ninguém entendeu muito bem.
14:19Vamos comparar isso com o que está acontecendo agora
14:23diante da descoberta
14:25dessa fraude
14:26que é difícil a gente dizer
14:29que é a maior fraude já
14:30encontrada no Brasil desse tipo,
14:32mas ela é uma fraude inovadora,
14:35porque ela rouba
14:36justamente de quem tem menos.
14:39Eu acho que não existe
14:40um brasileiro mais indefeso
14:43do que aquele que trabalhou
14:44a vida inteira ganhando pouco,
14:47quando chegou no fim da vida,
14:48só tem como alternativa
14:50de sobrevivência à sua aposentadoria.
14:54E foi justamente desses brasileiros
14:57que resolveram tirar dinheiro.
15:00Você imagine um brasileiro
15:02pobre, aposentado,
15:05que acreditou no que lhe disseram.
15:08Vocês lembram da frase?
15:10Nós vamos colocar o pobre no orçamento.
15:14Não!
15:15Não colocaram o pobre no orçamento,
15:16colocaram o desconto
15:18no contra-cheque
15:20da aposentadoria do pobre.
15:22Então,
15:23é esse contraste
15:25de um país onde,
15:27se você disser a palavra errada,
15:29ou se você colocar um emoji
15:31numa conversa
15:32de um grupo privado,
15:34no dia seguinte
15:34a polícia está na sua porta.
15:36agora,
15:37se você tem um esquemão
15:39de meter a mão do bolso
15:41dois mais pobres,
15:44vai rolar muitos e muitos anos,
15:46e mesmo quando for descoberto,
15:48vamos esperar mais um pouquinho,
15:50para que agir com tanta pressa?
15:52Esse é o Brasil, meus amigos.
15:54O Brasil voltou.
15:55Você, Davila,
15:57queria que você trouxesse também
15:58seu raio-x
16:00em relação à questão política
16:03que envolve
16:03esse
16:04embrólio,
16:06esse episódio
16:06de desvios,
16:08fraudes e
16:08aparente corrupção
16:10no INSS,
16:11que tem
16:11o apoio
16:13do PDT
16:13e talvez
16:14a dificuldade do governo
16:16em tomar uma
16:16medida mais drástica
16:18em relação à figura
16:19de Carlos Lupe,
16:20porque há sinalizações
16:21de que o PDT
16:22poderia desembarcar
16:24do governo.
16:25E aí o Beral toca
16:25num ponto que é importante.
16:27O PDT hoje
16:28não dá para dizer
16:29que é um partido
16:31com tantos parlamentares
16:32assim,
16:33que faça uma diferença
16:35fora do comum.
16:36Quando a gente olha
16:37para a União Brasil,
16:38PP,
16:38PL,
16:39esses partidos
16:40com dezenas e dezenas
16:41de parlamentares
16:42na Câmara dos Deputados.
16:43Não é o caso do PDT.
16:45É preciso ter respeito
16:46pela sigla,
16:47mas
16:47a situação mudou.
16:50Seria necessário
16:52arrancar
16:53se mal
16:55pela raiz
16:56ou questões
16:57históricas
16:58talvez
16:58acabem
16:59determinando
17:00a decisão
17:00do presidente
17:01da república?
17:03Bom,
17:03vamos tratar
17:04da questão
17:04política
17:05e depois
17:05administrativa.
17:06São dois pontos
17:07importantes.
17:08Política,
17:09o Beral tem razão.
17:09O PDT hoje
17:10é um partido
17:11insignificante.
17:12O problema
17:13é que a base
17:14governista
17:15está derretendo
17:16que nem sorvete
17:17no verão.
17:18Está todo mundo
17:19desembarcando
17:19porque vendo
17:20que esse governo
17:20está defiando.
17:22Esse é o problema.
17:22essa união
17:24agora
17:25do União Brasil
17:26com o PP
17:27Ciro Nogueira
17:29já deu o sinal.
17:30O partido
17:31vai virar
17:32para a direita.
17:33Isso que significa
17:34que outro
17:34grande bloco
17:36vai desembarcar
17:37do governo
17:38é só uma questão
17:39de tempo.
17:40PSD
17:40já deu o mesmo
17:42sinal.
17:43Ou seja,
17:43está todo mundo
17:44desembarcando.
17:46Ninguém quer ficar
17:47num governo
17:47que está fundando
17:48esse Titanic
17:49da corrupção.
17:50então o negócio
17:51é o seguinte,
17:52está todo mundo,
17:52então perder um aliado
17:54em uma hora dessa
17:55por menor que ele ser
17:56pode se afetar
17:57ainda mais
17:58a base do governo.
17:59Então esse é o ponto
18:00político.
18:01O ponto administrativo
18:03é o seguinte,
18:04o Mota trouxe aí
18:05os bons exemplos
18:06dessa diferença
18:06do setor público
18:07e privado.
18:09Agora,
18:10vamos imaginar
18:11como funciona
18:12a gestão pública.
18:14Num governo sério,
18:16a gestão pública
18:17funciona da seguinte forma,
18:18você escolhe
18:20pessoas competentes
18:21como na iniciativa
18:22privada
18:22para administrar
18:24empresas,
18:25ministérios,
18:26principalmente
18:27esses que tomam
18:28conta
18:29de recursos
18:30vultuosos.
18:31É isso que acontece
18:32quando você tem
18:33uma boa indicação.
18:35Exemplo disso
18:36foi o caso
18:37de Roberto Campos Neto
18:38para o Banco Central,
18:39uma pessoa
18:40com enorme
18:42experiência
18:43no setor financeiro
18:45é indicado
18:45para tocar
18:46o Banco Central.
18:47Então esse é um jeito
18:48correto.
18:49Você chega
18:50na administração
18:51pública,
18:52faz uma seleção
18:53rigorosa
18:53das melhores
18:54cabeças
18:54e leva para o governo.
18:56Ou o caso
18:56por exemplo
18:57da escolha
18:57de Paulo Guedes
18:58para ministro
19:00das Finanças,
19:01da Economia.
19:02Por quê?
19:02Porque é outra
19:03pessoa que conhece
19:04a fundo o assunto.
19:06Aí,
19:06quando vem um governo
19:08mal intencionado,
19:10a história é o seguinte,
19:12vamos lotear
19:13o governo,
19:14vamos distribuir
19:15cargos de acordo
19:16com as forças
19:16políticas
19:17e não importa
19:18quem a pessoa
19:19indica,
19:19aquele cargo
19:20é do governo,
19:21é daquele partido,
19:23agora mesmo nós vimos
19:24isso no Ministério
19:25das Comunicações,
19:26convidar uma pessoa
19:27que recusou o convite,
19:28aí tem que ir correndo
19:29convidar outra pessoa
19:30e tem que ter o aval
19:31do partido,
19:32o importante é ter
19:33o aval do partido,
19:34não é competência,
19:35não é histórico.
19:37Então,
19:37neste caso,
19:39não acontece
19:40na iniciativa privada,
19:41na iniciativa privada
19:42nunca vai chegar
19:43a um cargo
19:44de diretor
19:44ou CEO
19:45uma pessoa
19:46absolutamente incompetente
19:48que não entende
19:49nada do assunto.
19:51Ela é
19:51um pau mandado
19:53de alguma indicação
19:54política
19:55para cumprir
19:55outra finalidade,
19:56não aquela
19:57de ser o gestor
19:57da empresa.
19:58Então,
19:59é aí que começa
20:00todo esse problema
20:02na gestão pública,
20:03é aí que começa
20:04a roubalheira,
20:05a fraude,
20:06porque uma pessoa
20:07que não conhece
20:08do assunto,
20:10como é que ela vai saber
20:10identificar o que é fraude?
20:11Ela não sabe
20:12ler nenhum balanço,
20:13ela não sabe
20:14nem ler os números,
20:15então é óbvio
20:16que ela vai ser
20:16tapeada o tempo inteiro,
20:18mas ela não está lá
20:19para olhar números,
20:20para ser rigorosa
20:20na gestão pública,
20:22ela está lá
20:22para fazer outra coisa,
20:23esse é o ponto,
20:25como aconteceu
20:26aqui com esses funcionários,
20:28com o presidente
20:28do INSS,
20:30a função dele lá
20:30era desviar dinheiro,
20:32não era tomar conta
20:32do INSS.
20:34Então,
20:35este é o problema
20:36da gestão pública,
20:37por isso que nós temos
20:38de aprovar a reforma
20:39administrativa,
20:40por isso que nós temos
20:42de ter carreira estruturada
20:44no setor público
20:45baseada em desempenho,
20:46para valorizar o bom
20:48servidor público,
20:49para fazer que o bom
20:50servidor público,
20:51assim como na iniciativa
20:52privada,
20:53possa crescer na carreira
20:55por causa da sua atuação,
20:57da sua competência,
20:59do seu mérito.
21:00se não aprovarmos
21:02uma reforma administrativa,
21:03Canhato,
21:04não tem como parar
21:06com esse loteamento
21:08partidário
21:08de cargos políticos.
21:10E mais uma vez,
21:11eu repito aqui,
21:12são 27 mil cargos
21:14loteados
21:16quando muda-se
21:17o presidente da república.
21:19Não tem gestão pública
21:21que possa ser
21:22eficiente,
21:24eficiente,
21:26justa
21:27e eficaz
21:28com essa governança.
21:30É simplesmente
21:31impossível.
21:33É interessante
21:34essa discussão,
21:35né?
21:36Mas,
21:36Beraldo,
21:37lotear ministérios
21:38estatais,
21:40autarquias,
21:40sintomas da
21:41velha política,
21:43do tamalá dacá,
21:45mas,
21:45trazendo essa análise
21:47e essa reflexão
21:47do Dávila,
21:48o gestor bem-intencionado,
21:50ele consegue
21:51viver em meio
21:52a essas regras
21:53que não estão escritas,
21:54né?
21:55São regras informais,
21:57impostas praticamente
21:58pelo Congresso Nacional,
22:00porque,
22:00ok,
22:00o Dávila deu bons exemplos,
22:02aí o Mota também
22:03sempre enaltece
22:05um período ali
22:07da gestão de Jair Bolsonaro
22:08em que ele fez
22:09esse movimento.
22:11Só que ele também
22:11sentiu dificuldades
22:12e em algum momento
22:13ele flexibilizou,
22:14aumentou o número
22:15de ministérios,
22:16trouxe vários
22:17integrantes
22:18do Centrão,
22:19me lembro que quem
22:20passou a tomar conta
22:21da articulação política
22:23foi o próprio
22:23Ciro Nogueira,
22:24enfim,
22:25houve uma mudança
22:25também na gestão
22:26de Jair Bolsonaro
22:27em meio a todos
22:28aqueles problemas,
22:29pandemia,
22:31oposição fazendo
22:32aquele trabalho
22:32que a gente conhece
22:33bem,
22:34mas sem reforma
22:35administrativa
22:36é possível
22:37um presidente
22:38da República
22:38administrar
22:40deixando de lado
22:41os sintomas
22:42da velha política,
22:43Beraldo?
22:45É impossível
22:47o Brasil
22:47dar certo
22:48sem uma reforma
22:50administrativa
22:51profunda,
22:52que não foque
22:54em simplesmente
22:55cortar cargos,
22:56não,
22:57você tem que olhar
22:58para o futuro
22:58e imaginar
23:00qual é o país
23:01necessário,
23:02a estrutura
23:03burocrática
23:03necessário
23:04para termos
23:06um país
23:06dinâmico,
23:07um país
23:08que incentive,
23:09estimule o crescimento,
23:11que facilite
23:12a vida
23:12dos cidadãos,
23:14que proteja
23:15os interesses
23:15nacionais,
23:16que dê oportunidade
23:18para os funcionários
23:19públicos
23:19desempenharem
23:20com competência
23:21o seu trabalho
23:22e serem reconhecidos
23:23por isso.
23:24Nós precisamos
23:25acabar
23:26com essa realidade
23:27que o Dávila
23:28muito bem
23:28nos traz aqui
23:29de um presidente
23:30da República
23:31que assume
23:32e tem então
23:3327 mil cargos
23:35para que ele
23:37influencie,
23:38determine
23:39e negocie
23:40as indicações.
23:42Isso não faz
23:42absolutamente
23:43nenhum sentido
23:44e a minha crítica
23:46em relação
23:47à reforma
23:49tributária
23:49ela vem
23:50justamente
23:51do fato
23:53que invertemos,
23:54começamos
23:55pelo final.
23:56Nós sequer
23:57sabemos qual é
23:58o Estado
23:58que precisa ser
23:59financiado,
24:01mas já estamos
24:01ali correndo
24:02para fazer
24:04uma reforma
24:04tributária
24:05que atenda
24:06aos interesses
24:07de grupos
24:08amigos
24:09do poder
24:10e coloque
24:11uma conta
24:12ainda maior
24:12para a população
24:14brasileira,
24:14pagar,
24:15porque além
24:15de ter que pagar
24:16para os benefícios
24:18que os amigos
24:18recebem,
24:19continuaremos
24:20pagando
24:21por um Estado
24:22ineficiente.
24:23Este é o grande ponto.
24:25Então,
24:25quando nós olhamos
24:26para figuras
24:27com um grande
24:28histórico
24:29profissional
24:30bem sucedido
24:31na iniciativa
24:32privada,
24:33como aconteceu
24:34em alguns casos
24:35do governo
24:36Jair Bolsonaro,
24:37essas pessoas
24:38também não conseguem
24:39fazer tudo
24:40que precisa ser
24:41feito,
24:42porque vão
24:42encontrando
24:43uma série
24:43de amarras,
24:45mesmo para
24:45que elas
24:45formem
24:46as suas
24:46equipes,
24:47você às vezes
24:48traz alguém
24:48que vai assumir
24:49uma secretaria
24:49executiva,
24:50algo assim,
24:51só que essa
24:51pessoa sabe,
24:52sobretudo se teve
24:53uma carreira
24:54na iniciativa
24:54privada,
24:55constituiu
24:56algum tipo
24:56de patrimônio,
24:58ela vai
24:58e de repente,
25:00sei lá,
25:00compra lá
25:01um volume
25:02qualquer de água
25:03para atender
25:04a necessidade
25:06ali dos funcionários
25:07do Ministério
25:08ou da Secretaria
25:09ou da Autarquia,
25:09seja lá o que for.
25:10depois vai ter
25:11o Ministério
25:12Público
25:13no seu pescoço
25:14por anos
25:15e anos
25:16e anos
25:16dizendo,
25:17olha,
25:18você comprou
25:18água
25:19que custava
25:20R$ 1,98
25:21mas tinha
25:22uma outra
25:22que custava
25:23R$ 1,89
25:24sem levar
25:26em consideração
25:27aspectos que
25:27eventualmente
25:28podem existir,
25:29até porque
25:30quando você está
25:31falando da compra
25:32de água
25:33para o governo,
25:34o próprio governo
25:35já impõe ali
25:36um custo maior
25:37porque o fornecedor
25:38às vezes
25:38sequer sabe
25:39se vai receber,
25:40quanto tempo
25:40vai demorar
25:41para receber,
25:42tem toda essa
25:42incerteza e insegurança
25:44pela burocracia
25:45ineficiente,
25:46incompetente
25:47que existe
25:47no poder público,
25:48o poder público
25:49tem má fama,
25:51tanto é que estão aí
25:51os precatórios
25:52que ficam
25:53anos e anos
25:54e anos
25:54atrasados
25:55até serem pagos,
25:57então esse Brasil
25:58é um Brasil
25:59completamente inviável
26:00e ineficiente
26:01e a gente vê
26:02voltando à estratégia
26:05do atual governo,
26:06quantos ministérios
26:07nós temos 39,
26:0940 e a gente
26:10tem que se perguntar
26:11primeiro,
26:12não há ali
26:13pessoas qualificadas
26:14e muito menos
26:16razão para termos
26:1740 ministros,
26:19depois a gente
26:20pensa do ponto
26:21de vista prático
26:22uma reunião
26:22ministerial
26:23é absolutamente
26:24impossível,
26:25não dá para fazer
26:26uma reunião
26:26ministerial
26:27para que haja
26:28um alinhamento
26:28de governo
26:29quando 40 pessoas
26:31fora o presidente
26:31da república
26:32precisam falar
26:34pelo menos 10 minutos
26:35para dizer o que
26:36estão fazendo,
26:36olha o tempo
26:38que isso consome
26:38é impossível
26:39ninguém presta atenção
26:40ninguém sabe
26:41o que está acontecendo
26:42no fim tem 40
26:44figuras ali servindo
26:46ou dessas 40
26:48vamos dizer
26:4835 servindo
26:50de alegoria
26:50e 5 que efetivamente
26:52estão fazendo
26:53o trabalho
26:54que o presidente
26:54manda fazer
26:55e nem esse trabalho
26:56é um bom trabalho
26:57porque a gente
26:57está vendo o resultado
26:58este Brasil inviável
27:00este Brasil
27:01onde o buraco
27:01cada vez fica mais fundo
27:03então, aliás
27:04a Deise Siocade
27:05trouxe o Jornal da Manhã
27:06essa semana
27:06uma frase que eu achei excelente
27:08que o Brasil
27:08é esse país
27:09em que o fundo do poço
27:11é apenas uma estação
27:12intermediária
27:13o nosso buraco
27:14é muito mais fundo
27:15do que o fundo do poço
27:17pois é, boa frase
27:18é essa mesmo
27:19passar para o Mota
27:20para a gente
27:20fechar esse capítulo
27:22porque tem outra informação
27:23inclusive
27:24em relação ao episódio
27:25do INSS
27:26a gente vai trazer também
27:28as tentativas
27:29do Congresso Nacional
27:31de deputados
27:32de avançar
27:33com uma investigação
27:34uma comissão parlamentar
27:36de inquérito
27:36Mota
27:37casos de corrupção
27:39estatais
27:39que dão prejuízo
27:40ministérios
27:41que pouco fazem
27:42que muitas vezes
27:43são comandados
27:44por figuras
27:45que não são
27:47não tem preparo
27:48para tocar
27:49as áreas
27:49que eles representam
27:51enfim
27:51pode ser o caso
27:52do INSS
27:53pode ser
27:54talvez seja
27:55mas também há outros
27:56que nós poderíamos
27:57elencar aqui
27:58queria também pedir
27:59sua contribuição
28:00nesse debate
28:00nós não devemos
28:03ter ilusões
28:04meus amigos
28:05a administração
28:06pública
28:07jamais
28:08será eficiente
28:09como a iniciativa
28:11privada
28:12por isso
28:13a resposta
28:13é privatizar
28:15tudo que for possível
28:17e reduzir
28:18o tamanho do Estado
28:19é uma questão
28:20de incentivos
28:21é isso que as pessoas
28:22precisam entender
28:23o Estado
28:24não consegue
28:25punir
28:26e nem premiar
28:28da mesma forma
28:29que a iniciativa privada
28:30então se você está
28:32no Estado
28:32e você rouba
28:33a sua punição
28:34vai ser leve
28:35se você está
28:36no Estado
28:37e você não é
28:38capaz
28:39não é eficiente
28:40quase nada
28:42vai acontecer
28:42então qualquer
28:44reforma
28:45administrativa
28:46ela tem que começar
28:47com a reforma
28:48das ideias
28:49o brasileiro
28:51tem que entender
28:52que essa história
28:54de que todos
28:55os problemas
28:56devem ser resolvidos
28:57pelo Estado
28:58é uma grande
29:00tolice
29:01porque o Estado
29:02não consegue resolver
29:03nem aquelas questões
29:05mais essenciais
29:06como segurança
29:07pública
29:08educação básica
29:10proteção de fronteiras
29:12o caminho
29:13não é ter um Estado
29:15mais eficiente
29:17o caminho
29:18é ter um Estado
29:19tão pequeno
29:21quanto possível
29:22e quem quiser
29:23ficar rico
29:24que vá trabalhar
29:25honestamente
29:27em vez de ficar
29:28roubando aposentados
29:29e quem quiser
29:31não é ter um Estado
29:31que vá trabalhar
29:32e quem quiser
29:33não é ter um Estado
29:34ou não é ter um Estado
29:36ou não é ter um Estado

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