*Meditação e Organização Pessoal*
*Convidado:* André Novo
*Episódio 102:* 10/03/2025
*Meditantes PodCast:* 2ª Temporada
*Apresentação:* Domício Shanti-Rham
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*Índice desse Vídeo:*
00:00 - Início
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Episódio completo em: https://www.youtube.com/watch?v=nehavRXjNLM&list=PLjXLCSmO7rtozB8APrKcnJWLx74BnnblI
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Meditantes PodCast - Experiências em Meditação!
https://meditantes.com.br
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Categoria
📚
AprendizadoTranscrição
00:00Adoraria dizer que foi amor à primeira vista.
00:03Estava lá na meditação, eu comecei e adorei, mas não foi assim.
00:06E não foi assim?
00:09Longe disso.
00:11Eu sou filho de bancário, então assim, eu sempre fui sendo transferido de cidade em cidade.
00:19E ali na faixa dos meus 17 anos, se não me falo da memória, eu fiz mais uma mudança.
00:26E aí nessa nova cidade que eu estava, de frente, literalmente de frente, do outro lado da rua, tinha uma escola de yoga.
00:36Eu, durante um ano, eu saía todos os dias de casa, eu passava na porta desse lugar,
00:42e eu nunca tive a menor curiosidade, a menor interesse de entrar lá.
00:47Eu era o cara da academia, da musculação e tal.
00:52E aí um dia, por acaso, eu fui convidado para um evento de cultura japonesa.
00:59Era um clube que tem aqui na cidade, que tinha uma apresentação.
01:04E no meio dessa apresentação, eles falaram, vai ter uma apresentação aqui de yoga.
01:10E aí entrou uma mulher e começou a fazer umas coisas corporais, assim, umas coisas de, meu, ficar com o corpo suspenso nos braços,
01:21se movimentar com uma consciência corporal, assim, absurda.
01:25E aí eu vi que na calça dela estava lá, yoga.
01:29Eu falei, não é possível que isso é yoga?
01:30Estava lá em frente à minha casa e eu nunca fui conhecer, eu preciso ver que negócio é esse.
01:38E foi a partir daí que eu me interessei pelo yoga.
01:41Então, eu fui nessa escola, eu fui conhecer, e o que tinha na minha mente cravado
01:47era aquelas coisas incríveis com o corpo, consciência corporal, equilíbrio e a força nos braços e tal.
01:56Era isso que tinha na minha cabeça.
01:57Então, eu entrei lá pra isso.
01:59Eu era o cara da musculação, nichado, bem musculoso, bem grandão.
02:05E aí cheguei lá e comecei a sofrer horrores pra fazer uma aula de yoga.
02:08Falei, caramba, eu achei que eu fosse forte.
02:10O que que tá acontecendo?
02:13E eu dei as pessoas ali com uma tranquilidade que eu não entendia.
02:17Pra mim não fazia o menor sentido.
02:19Então, durante anos, dentro dessa aula de yoga que eu fazia, tinha a meditação também.
02:25E aí tinha a parte corporal, tinha a respiração.
02:29Mas o meu interesse ali era corpo.
02:33Era trabalhar o corpo.
02:34Era isso que eu fui buscar.
02:36E eu demorei alguns anos pra começar a me interessar pela meditação.
02:43Isso foi acontecendo de uma forma muito gradual.
02:46Conforme eu fui estudando um pouquinho mais a fundo o yoga, eu fui entendendo mais a filosofia.
02:50Fui descobrindo, eu acho que muitas pessoas, quando tem uma experiência com o yoga especificamente,
02:55eu acho que passa por esse processo, né?
02:57Chega achando que yoga é ginástica.
02:59A primeira coisa que vem na cabeça é isso.
03:01Ah, yoga é ginástica.
03:02Essa é a coisa que a gente faz com o corpo.
03:05E eu fui começando a estudar filosofia.
03:07Fui começando aos poucos a entender que existia autoconhecimento por trás disso.
03:12E fui começando a descobrir que a meditação era um pilar central desse processo de autoconhecimento.
03:21E aí, conforme eu me interessava pelo processo do desenvolvimento pessoal,
03:28aí que eu comecei a me interessar pela meditação.
03:31Falei, não, peraí.
03:32Então não é só ficar magrinho e forte.
03:36Tem alguma coisa a mais aqui.
03:37E aí, quando eu comecei a descobrir que tinha alguma coisa a mais,
03:40aí que eu comecei a me interessar pela meditação
03:43e querer praticar mais e entender um pouco mais desse universo,
03:47digamos, menos denso que existia ali dentro da modalidade do yoga.
03:52Ah, bacana.
03:54Isso faz quanto tempo, assim, desde que você iniciou?
03:56Desde que começou lá na primeira aula de yoga,
03:58depois avançando, né, e tendo contato com a meditação.
04:01Isso faz quanto tempo, mais ou menos?
04:03Primeira aula de yoga eu fiz em 2010.
04:062010.
04:06Mas em 14 anos.
04:0914 anos.
04:09É, mas em 14 anos agora, né?
04:11Eu lembro que o meu aniversário é em outubro.
04:13Então, eu negociei com a minha mãe.
04:16Não, parece um aniversário.
04:17Deixa eu fazer, vai.
04:19Na época, eu não trabalhava.
04:22Então, comecei no yoga em 2010.
04:26A partir de...
04:28Fiquei um ano praticando de forma bem desinteressada, vamos dizer assim.
04:33E aí, em 2011, eu comecei a me aprofundar um pouco mais em estudos.
04:37Eu diria que pra eu realmente gostar da meditação e querer fazer ela mesmo, ainda levaria mais uns três anos.
04:45Foi um processo lento pra mim, assim.
04:48Bem, bem, bem, vagar.
04:50Sim.
04:51E já aproveitando esse ensejo que você trouxe agora, conta pra nós aqui os desafios que você teve com o início das práticas ou desafios que você tem até hoje.
05:01O que que era mais desafiante você pra meditar?
05:04O que que te desafiava mais, assim?
05:07Tá, vamos fazer dois paralelos de então.
05:09O que me atrapalhava e o que me atrapalha.
05:12Ótimo, excelente.
05:13São dois Andréis diferentes, eu diria.
05:17E mesmo, eu falo assim, a gente ouve aqui muitos convidados, pessoas que compartilham suas experiências.
05:24E 10, 20 anos meditando e tem os desafios mesmo depois de anos meditando, né?
05:28Então, é legal você trazer esses dois paralelos aí pra nós.
05:31É, muda a dificuldade, mas não muda que existe dificuldade.
05:34Isso não passa.
05:35Exatamente.
05:36Exatamente.
05:37Então, lá no começo, lá atrás, chegando naquela época que eu sequer tinha interesse pela meditação,
05:45existia uma barreira muito forte pra mim, que era a barreira física.
05:49Quando eu fui aprender a meditar, eu aprendi que você medita de pernas cruzadas, costas eretas e tal, no chão.
05:56E era um desafio terrível pra mim.
06:02Eu sentava de pernas cruzadas, meu joelho vinha na altura da minha orelha, assim, de tão alto.
06:07Não tinha flexibilidade, não tinha essa mobilidade.
06:10Eu era o cara da musculação.
06:12Acho que 90% das pessoas que se dedicam, ainda mais homem, né?
06:16Que se dedica à musculação, ele não quer saber de jeito nenhum de fazer alongamento.
06:20Então, a minha mobilidade era muito ruim.
06:24E aí, eu tinha esse desafio.
06:27Não sei se as pessoas têm essa consciência, mas quando o seu joelho tá lá em cima,
06:33tá faltando essa mobilidade no quadril, é esse joelho pra cima que joga o seu tronco pra trás.
06:39E quando joga o tronco pra trás, tem que fazer força pra ele vir pra frente.
06:43E é daí que você começa a sentir uma dor nas costas, desconforto.
06:47Aí, o instrutor fala pra você, ah, pensa no sol poente.
06:50Fala, cara...
06:52Tá doendo agora.
06:53Por que eu passo pra não cair pra trás aqui?
06:55Não tem essa de sol poente.
06:59Então, assim, eu percebia que existia um desafio denso.
07:04A meditação, ela é muito sutil.
07:07E eu tinha um desafio extremamente denso pra lidar.
07:09Que era isso.
07:10É as minhas costas doendo.
07:11É o meu joelho que não desce.
07:13Aí, o quadril aqui incomoda.
07:15Da virilha, você vê que tá esticando, que tá desconfortável.
07:18Então, eu tinha um processo ainda pra acontecer de desenvolvimento físico.
07:25E hoje, eu olho pra trás e eu percebo isso também, né?
07:28Eu vejo isso na minha jornada.
07:32Eu precisei desenvolver o que era mais denso, que era o físico.
07:36Então, foi importante pra mim dedicar tanto tempo a um desenvolvimento corporal mais equilibrado,
07:42vamos dizer assim, com mobilidade, com força, com alandamento, com a musculatura um pouco mais balanceada.
07:49Não aquela coisa tão hipertrofiada, tão unilateral como eu tinha no passado.
07:54Então, esse processo, ele foi importante pra eu conseguir ter um pouco mais de satisfação
07:59quando me propunha a fazer um exercício de meditação.
08:04Uma vez que eu teria superado essa barreira física, e eu acho que ela foi a mais longa,
08:11começou a vir uma questão, diria, mais emocional.
08:17Ansiedade.
08:18Puramente uma ansiedade.
08:19Porque, uma vez, não me lembro de quem foi essa frase, mas eu ouvi alguém dizer que
08:25a meditação é um luxo, porque você, não é desperdiça, mas você,
08:32vou usar essa palavra, na falta de um termo melhor,
08:34você desperdiça o que você tem de mais valioso, que é tempo.
08:39Você para, você fecha o olho, o tempo está passando, você está aqui não fazendo nada.
08:44Então, nesse aspecto, a meditação é um luxo.
08:48Só que não era um luxo que eu conseguia me dar.
08:51E não é um nada, né?
08:53Como nada está acontecendo, muito pelo contrário, né?
08:55Muito pelo contrário, tem muita coisa acontecendo.
08:58Só que eu me sentava e, ah, tá bom, eu vou fazer cinco minutos.
09:02E eu ficava, não, não é possível.
09:06O despertador estragou, acabou a bateria do despertador,
09:09que não tocou, porque eu toquei muito tempo,
09:12porque eu tenho muita coisa pra fazer,
09:13porque, meu Deus do céu, que horas são?
09:16Não, porque uma hora dessa, eu acho que depois que eu terminar assim,
09:19eu tenho que fazer tal coisa, tenho que fazer isso aqui.
09:21Então, assim, era um excesso de futuro na minha cabeça
09:27e não deixava eu curtir cinco minutos, três minutos.
09:32O mínimo que fosse ali o tempo de fazer um exercício de vegetação,
09:36era sofrido.
09:39Não era uma coisa natural.
09:41Era uma coisa que me desafiava muito.
09:43E até já fazendo uns links, né?
09:46Hoje, eu olho pra trás e eu vejo, cara, o que que me fez conseguir superar isso?
09:52Eu vejo que foi o treinamento de técnicas respiratórias, os panayamas.
09:56Legal.
09:56Isso que foi dando essa desacelerada na cabeça, vamos dizer assim.
10:01Eu acho que foi desacelerando, diminuindo o ritmo,
10:04e aí foi começando a ficar um pouco mais natural o treino mais sutil,
10:11que seria, de fato, usar a mente pra concentrar, pra prestar atenção nesse processo interno.
10:16E aí, se a gente fosse pegar um parâmetro mais recente,
10:21aí eu vejo, aí você para, você olha pra trás e você entende.
10:26A diferença entre o André que fez a primeira meditação e o André que faz a meditação 14 anos depois,
10:34basicamente é o nível de consciência.
10:37Porque lá atrás, quando minhas costas doíam,
10:43quando eu achava que o despertador estava estragado,
10:46que o tempo não estava passando,
10:48tudo isso era simplesmente a minha mente dispersando.
10:53Mas eu não entendia isso, né?
10:55Pra mim, era um problema real.
10:59Realmente é um problema o relógio,
11:01realmente é um problema minhas costas, minhas pernas,
11:03e tudo isso, eu tinha certeza que era isso que estava me impedindo.
11:07Hoje eu olho pra trás e dá pra entender que é tudo dispersão da nossa mente,
11:13é tudo a nossa mente querendo se alimentar, né?
11:16O que alimenta a mente, as redes sociais sabem disso muito bem, né?
11:20É a informação.
11:22Nossa mente é sedenta por informação.
11:24E aí você senta pra meditar e hoje eu sento,
11:29continua vindo dispersão.
11:31Elas não pararam de vir.
11:32Só não uso mais a desculpa da dor no corpo, do relógio,
11:37mas as dispersões continuam vindo.
11:39Mas hoje eu diria que eu tenho a consciência, a percepção
11:43de olhar pra essas dispersões e falar,
11:46não, calma aí.
11:49Agora não.
11:50Agora eu preciso fazer o meu exercício,
11:53é isso que eu quero fazer, é isso que eu vou fazer.
11:57E aí
12:02E aí
12:07E aí
12:09E aí
12:14E aí
12:16E aí
12:18E aí
12:23E aí
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