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A Exploração de Terras Raras no Espírito Santo (Revista La Nature - 1915)

O termo terras raras refere-se a minérios cujos principais constituintes são óxidos de tório, cério, ítrio, zircônio e outros elementos pouco comuns na natureza.

Estes compostos, quimicamente pouco definidos, distinguem-se sobretudo pelos seus espectros e, não sendo fusíveis nem voláteis, adquirem um brilho intenso quando aquecidos a cerca de 1300°.

Também o Dr. Auer, de Weisbach, usou esta propriedade para fazer mangas incandescentes.
Os primeiros trabalhos deste estudioso realizados
laboratório do professor Adolphe Lieben, de Viena, em 1883, voltado para cerita; mas, impulsionado pelas necessidades da prática, ele foi rápido em estendê-las a outras substâncias.

Ele mostrou, em particular, que o óxido de tório levado à incandescência adquiria intenso poder luminoso pela adição de uma pequena quantidade de óxido cérico, enquanto seu brilho permanecia quase zero se fosse puro.

No início de sua descoberta, o Dr. Auer, de Welsbach, obteve os sais de tório e cério da Noruega, onde foram encontrados na torita, um silicato bihidratado de tório, cálcio, ferro, manganês, etc. (Th, Ca, Fe, Mn.) Si 0+2 HO que contém 58 por cento de óxido de tório, ou em orangita, silicato sesqui-hidratado contendo

os mesmos elementos da torita, mas com uma proporção maior de óxido de tório (75 por cento).

A raridade dos depósitos de torita e orangita estimulou a busca por outros depósitos capazes de fornecer os preciosos agentes “lúcifer”.

Em 1892, a monazita foi descoberta no Brasil em quantidades significativas, nas areias do litoral, no Estado da Bahia; Foi então encontrado nas áreas marítimas dos Estados do Espírito Santo e Rio Janeiro.

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