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Rodrigo Loureiro analisou a fala de Donald Trump sobre tarifas e a suposta “riqueza” do Brasil. Ele explicou por que os argumentos do ex-presidente americano não se sustentam e também falou sobre os efeitos da guerra comercial.

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Transcrição
00:00Comigo aqui no estúdio, nosso analista de economia e de mercado, Rodrigo Loureiro.
00:04Bom dia, Rodrigo.
00:05Bom dia, Marcelo.
00:06Cestou?
00:06Cestou, graças a Deus.
00:08Vamos falar então do dólar.
00:10Parece que tem uma leve alta nessa abertura aí, né?
00:12Uma leve alta.
00:13Voltou a operar acima dos R$ 5,70.
00:16Ontem tinha fechado abaixo desse valor.
00:19Hoje já subiu um pouquinho.
00:20Está com uma alta bem tímida, tá?
00:220,14% nesse momento.
00:25Nada que preocupe o real, pensando numa desvalorização da moeda brasileira.
00:300,14% de alta do dólar.
00:32R$ 5,70.
00:35Ganha um pouquinho de força, mas se mantém bem estável.
00:37Aliás, a semana inteira o dólar flutuou ali entre R$ 5,68 e R$ 5,72.
00:42Está ali na média R$ 5,70, Marcelo.
00:45Rodrigo, como é que está o pré-market americano?
00:47Eu vi a última vez que você falou agora, o Dow Jones andando de lado ali, né?
00:50Está andando de lado.
00:51Vamos atualizar aqui.
00:52Vou até atualizar meu terminal.
00:55S&P 0,25% de queda.
00:57Dow Jones, 0,45% de queda.
01:01Ampliou essa queda, tá, Marcelo?
01:03Estava tudo quase operando de lado.
01:05Nesse momento, o Dow Jones operando com 0,45% de queda.
01:09E a Nasdaq também estava ali 0,04%, 0,05% de queda.
01:14Nesse momento, 0,34% de queda.
01:18Vai caindo um pouquinho mais o pré-market americano.
01:20Lembrando que tem resultado de Google.
01:23O Google, no caso, a Alphabet tem resultado da Intel.
01:25Exatamente.
01:26Mas os investidores estão preocupados com o que vai vir por aí, né, Marcelo?
01:30Tem essa batalha legal envolvendo a Alphabet.
01:32Pode ter que se desmembrar.
01:34Isso preocupa os investidores.
01:36Então, muita coisa vai acontecer no mercado americano hoje.
01:38A gente vai ficar de olho para a market, por enquanto.
01:40Um pouquinho preocupado.
01:42Números vermelhos.
01:43É, parece que está, assim, com compasso de espera, né?
01:46Tipo, o que será que vai acontecer hoje, né?
01:48É, não, está todo mundo de olho.
01:49O clima dissestou só depois que o mercado fecha.
01:53Por enquanto, está todo mundo olhando quais vão ser as repercussões dos resultados da Alphabet,
01:58quais vão ser as repercussões dos resultados da Intel.
02:01A Intel divulgou um guidance que preocupou os analistas.
02:05Próximos resultados não devem ser tão bons, pelo menos a Intel já estima isso.
02:10E também, a gente vai ficar de olho nas ações da Tesla.
02:13Porque a Bioid reportou resultados, novamente, a Bioid com bons números.
02:18E aí, a Tesla fica muito pressionada.
02:19É a principal competidora da empresa chinesa.
02:22E é uma empresa que está sofrendo bastante.
02:24Enquanto a Bioid vai ganhando espaço em outros mercados,
02:27principalmente no mercado europeu, a Tesla está perdendo mercado, está perdendo espaço.
02:32E a gente vai ficar de olho em como que a Tesla está reagindo.
02:34Também tem notícia de Meta, tem notícia de várias outras empresas do mercado americano.
02:39A gente vai ficar de olho, Marcelo.
02:40Mas a grande notícia do dia, Rodrigo, é que a gente amanheceu hoje um país rico.
02:45Exatamente.
02:45Você ouviu?
02:46Não, é maravilhoso.
02:47E quem está dizendo é uma pessoa que tem toda a credibilidade nesse momento, que é o Donald Trump.
02:50Quem vai negar algo que ele diz?
02:52Exatamente.
02:53Hoje, o Brasil é outro país.
02:55Está todo mundo feliz, está todo mundo ali sem dívida.
02:59Está maravilhoso.
03:00O Brasil é um dos países mais ricos do mundo.
03:04Enriqueceu muito com as tarifas cobradas contra os Estados Unidos.
03:09Na visão do Donald Trump, a gente está voando, viu, Marcelo?
03:12Exatamente.
03:13Antes fosse, né?
03:14Ah, pô, seria maravilhoso.
03:15Não, e ele também não cita o fato de que, além de tudo, os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil.
03:21Exatamente.
03:22Eles vendem mais para a gente do que a gente vende para eles.
03:24Porque nesse mundo que só existe na cabeça do Trump, o Brasil começou a cobrar tarifa, cobrar tarifa, cobrar tarifa, enriquecer, enriquecer, enriquecer.
03:31Só exportar para os Estados Unidos, não importar nada.
03:35Mas esse é um argumento que não para de pé por cinco minutos.
03:38Não faz nenhum sentido, Marcelo.
03:40Não é a primeira vez que Trump ataca outros países, falando que os países enriqueceram as custas dos Estados Unidos.
03:47Quando ele lançou essas tarifas, quando ele criou essa guerra comercial toda, ele falou que muitos países exploravam os Estados Unidos por conta dessas tarifas.
03:57E aí, na visão do Trump, quando ele gera essa guerra tarifária, era uma reciprocidade.
04:01Trump estava respondendo ao que o mercado pedia.
04:05Mas a verdade é que Trump jogou uma tarifa muito alta contra diversos outros mercados.
04:10O que Trump não esperava é que fosse haver uma retaliação.
04:13Era óbvio que isso fosse acontecer.
04:15E aconteceu. Vários países se enfureceram e falaram, se os Estados Unidos querem tarifar a gente, a gente vai tarifar os Estados Unidos.
04:22E aí você teve o início dessa guerra comercial.
04:25Trump vendo isso, deu uma pausa, fez uma pausa de 90 dias para negociações.
04:31Só que nem todo mundo quer negociar, o que a gente está vendo com a China.
04:34A China agora já não quer mais negociar com o Trump.
04:36Ou é tarifa do jeito que a China quer, ou não tem negociação.
04:40Vamos continuar com essas tarifas altas de mais de 100%.
04:45A China tentando fazer jogo duro, também irritada com a postura do governo americano.
04:52E aí a gente fica nesse compasso de espera.
04:55Por enquanto, para o Trump, está todo mundo rico, menos os Estados Unidos.
04:57Exatamente. Vamos falar de alguns países, por exemplo, que são o pivô dessa guerra comercial.
05:02Vamos pensar na hipótese. A China enriqueceu?
05:05A China teve um crescimento bastante expressivo nas últimas décadas.
05:09Cresceu em muitos momentos acima de dois dígitos.
05:11Mas se você pegar, por exemplo, a renda per capita da China hoje, que é de 12 mil dólares mais ou menos,
05:16comparar com a dos Estados Unidos, que é de 80 mil dólares,
05:18você vê que falta muito para a China chegar perto do nível de prosperidade dos Estados Unidos.
05:23A grande maioria da população chinesa é considerada pobre, se você pegar uma métrica que compare com a mediana da população americana.
05:32Então, assim, não dá para você dizer que a China ficou rica ou mais rica que os Estados Unidos.
05:37Dá para dizer sim, que ela se desenvolveu bastante.
05:39Você pega um outro país aí, Vietnã, que também aplicava taxas altas de importação para os Estados Unidos.
05:46Vietnã tem uma renda per capita de 8 mil dólares.
05:49Brasil, 10 mil.
05:49Estados Unidos, 80 mil.
05:51Quer dizer, nenhum desses países enriqueceu a ponto de superar os Estados Unidos.
05:55Porque o discurso do Trump é assim.
05:58Olha, a gente está passando dificuldade aqui porque esses países estão ricos a nossas custas.
06:03E isso não para de pé, Rodrigo.
06:05Porque, assim, primeiramente, se você comparar a média de renda da população americana
06:09com todos esses países que ele está, entre aspas, perseguindo aí, não tem comparação.
06:15Segundo, que os Estados Unidos, nesse momento, vivem uma situação de pleno emprego.
06:18O grande problema dos Estados Unidos hoje, e isso eu acho que é consenso, é a questão dos preços.
06:24A inflação teve alta durante um bom tempo, agora está caindo, mas o patamar dos preços está alto.
06:30Eles estão pagando preços que eles não estavam acostumados a pagar.
06:33Agora, no que uma guerra comercial vai ajudar nisso?
06:36No que você taxar produtos vindos do exterior vai ajudar nisso?
06:39Não vai baixar os preços.
06:40Aí você não tem que perguntar para mim, você tem que perguntar para o Donald Trump, Marcelo.
06:43Mas, olha só, é muito difícil tentar entender o que está passando na cabeça do Donald Trump,
06:48porque, realmente, essa estratégia dele não para de pé.
06:52Os Estados Unidos são um país rico, continuam sendo um país rico.
06:55E quando ele compara, o Marcelo fez essa comparação, e é uma comparação muito justa,
06:59comparar com o Vietnã, comparar com o China, não faz nenhum sentido.
07:02Vamos pegar a China.
07:03A China cresceu muito nos últimos anos?
07:05Cresceu muito nos últimos anos.
07:07Mas não cresceu às custas dos Estados Unidos.
07:09Cresceu porque investiu em tecnologia, porque se desenvolveu.
07:13Deixou de ser um país que apostava muito na economia agrária,
07:16passou a ser um país que aposta em diversos setores,
07:19principalmente em tecnologia, apostou no setor imobiliário durante um tempo,
07:23agora está apostando muito em tecnologia.
07:25Criou empresas que...
07:27O único país, talvez, que consegue rivalizar com as big techs americanas.
07:31Você tem grandes empresas chinesas que conseguem incomodar essas empresas americanas.
07:36A gente viu, por exemplo, o caso da DeepSeek, a inteligência artificial chinesa,
07:40que fez com que as ações de companhias americanas que apostam em inteligência artificial despencassem.
07:46Então, você tem a ByteDance, que é a dona do TikTok, que também incomoda muito a meta.
07:50Então, a China se desenvolveu porque apostou em tecnologia.
07:53Ela não ficou rica às custas dos Estados Unidos.
07:55O Vietnã não ficou rico às custas dos Estados Unidos.
07:58Nem ficou rico, né?
08:00Nem ficou rico.
08:00Se desenvolveu um pouco.
08:01Exato.
08:01Se desenvolveu um pouco.
08:03Como tem que se desenvolver?
08:04Acho que todo o país tem que se desenvolver.
08:05E tem mais, né?
08:06Esse modelo aí de produção é um modelo que é muito conveniente para os Estados Unidos.
08:10Porque boa parte dessa produção que está no Vietnã, os lucros voltam para os Estados Unidos
08:14porque a sede das empresas está lá.
08:16Você ganha, por exemplo, empregos com muito mais valor agregado nos Estados Unidos.
08:21Pega o iPhone, por exemplo.
08:22O design, o desenvolvimento, que são empregos que pagam muito bem.
08:27É tudo nos Estados Unidos.
08:28A comercialização, todo o lucro vai para lá.
08:30Na China é feita a produção.
08:32Ok, produzir um iPhone é algo que exige um pouco mais de tecnologia.
08:35Você vai gerar empregos para engenheiros também na China.
08:38Você vai dividir um pouco dessa riqueza com a China.
08:40Mas o grosso do lucro vai para os Estados Unidos.
08:43Vietnã é a mesma coisa.
08:44Vietnã produz muita roupa, muito calçado.
08:46Você pega empresas grandes como Nike, como Adidas.
08:49Todas têm produção no Vietnã.
08:50Só que eles fazem o design nos Estados Unidos, eles fazem o marketing nos Estados Unidos e eles levam para o Vietnã apenas para produzir o sapato.
08:59E depois o lucro volta para os Estados Unidos.
09:02Quer dizer, não dá para você fingir que os Estados Unidos são inocentes nessa brincadeira, que eles estão sendo passados para trás.
09:07Mas como ele gosta muito de usar essa metáfora, estão tirando vantagem da gente.
09:12Isso não faz o menor sentido.
09:13Não faz o menor sentido.
09:14Não para de pé realmente, Marcelo.
09:16E olha só, quando a gente pensa, não só na Apple, que aposta no mercado asiático para produzir muitos dos seus produtos, muitos dos componentes.
09:25A Nike, por exemplo, utiliza o Vietnã como um país ali para fabricar vários dos seus produtos, que são depois exportados para os Estados Unidos.
09:36E aí você tem o Trump reclamando disso.
09:38O Trump quer trazer a produção para dentro dos Estados Unidos.
09:42Só que o americano quer realmente trabalhar nessa linha de produção?
09:46Essa é a grande questão.
09:48Tem emprego para o americano nessa linha de produção?
09:51Não sei.
09:52Sinceramente, eu não sei.
09:53Por quê?
09:53Porque não são salários altos.
09:56Para a Nike fazer um produto nos Estados Unidos pagando o que o americano quer, ela vai ter que elevar muito o custo do seu produto.
10:04E aí vai fazer sentido para a Nike na estratégia da empresa.
10:07Um casaco, um tênis, ele vai ficar muito mais caro.
10:11Então, faz sentido?
10:12Talvez não faça.
10:13Por isso que a Nike aposta nesses mercados asiáticos.
10:16Aposta em outros mercados.
10:17Não só a Nike, várias outras empresas.
10:19Eu nem vou citar só a empresa americana.
10:21Adidas é outra empresa que aposta muito no mercado asiático.
10:25Então, a gente tem que ponderar tudo isso, colocar tudo isso na balança.
10:28O Trump quer levar essa produção para os Estados Unidos.
10:31Mas a que custo?
10:32Será que as empresas realmente vão aguentar produzir nos Estados Unidos?
10:36A maioria delas não.
10:37Por isso que elas produzem lá fora.
10:39E aí, você tem essa grande discussão em torno da guerra tarifária.
10:44Você tarifa os países, as empresas sofrem.
10:47Você traz as empresas para os Estados Unidos, para produzir dentro dos Estados Unidos,
10:51as empresas também sofrem.
10:52Encontrar um meio de campo em toda essa história que é a grande função do Trump.
10:56Viu, Marcelo?
10:57Rodrigo, tem um outro aspecto aí também nessa coisa das tarifas.
11:00Se você pegar de maneira aleatória, como o Trump faz, e dizer assim,
11:04vou taxar 10% todo mundo.
11:06Aí você está taxando, inclusive, alguns dos países mais pobres do mundo.
11:10E tem um consenso internacional no comércio, principalmente por parte das nações mais
11:15desenvolvidas, de usar o comércio para ajudar alguns países a não serem tão miseráveis.
11:22A gente pega, por exemplo, um país como a República Democrática do Congo.
11:25É um país com uma população gigantesca.
11:27Eu tenho o dado aqui, quer ver?
11:29Olha só.
11:29Tem 94 milhões de habitantes.
11:31Olha só o tamanho desse país.
11:33E tem uma renda per capita baixíssima de 500 dólares.
11:38500 dólares.
11:39A renda per capita do Brasil, 10 mil dólares.
11:41Estados Unidos, 80 mil dólares.
11:43República Democrática do Congo, com 90 milhões de habitantes, 500 dólares.
11:47E aí você pega o PIB total deles.
11:50O PIB total deles é de 77 bilhões de dólares.
11:54Isso significa o quê?
11:55É menor do que o PIB da maioria dos estados brasileiros.
11:59Então, ainda que a República Democrática do Congo colocasse, vamos supor aí,
12:04eu não sei o que eles produzem, mas colocassem 100% de tarifa para impedir a importação de milho.
12:10Vamos supor, tá?
12:11Um exemplo bem básico.
12:14O que eles produzem de milho para exportar é uma fração mínima, uma coisa ridícula,
12:19que não vai afetar o comércio internacional de milho,
12:22não vai fazer com que agricultores de outros países passem necessidade,
12:26mas que para eles é muito importante.
12:27Para eles é muito importante exportar aquele pouquinho que eles conseguem
12:31e proteger aquele mercado, porque é um país miserável.
12:35É justo você aplicar uma tarifa de 10% para esse país miserável ter acesso ao seu mercado?
12:41Não é justo.
12:42E qual seria a diferença que isso vai fazer?
12:44A diferença prática, Marcelo, que vai fazer no PIB dos Estados Unidos essa tarifa contra o Congo?
12:49É uma diferença mínima, uma diferença que é quase imperceptível para o PIB dos Estados Unidos.
12:54Quando você tem uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, é entendível.
12:59Os argumentos de Trump e do governo chinês, aí você pode discutir,
13:05você pode ponderar se eles estão certos ou não.
13:07E também tem um ponto de discussão racional, né, Rodrigo?
13:10Sim.
13:10Porque eu concordo com o Trump quando ele disse que o superávit da China é muito grande.
13:15Com certeza.
13:16Mas tem um milhão de maneiras de você tentar resolucionar isso pacificamente,
13:21sem causar todo esse problema que está sendo causado.
13:24E não dá para comparar, por exemplo, a situação da China com a situação da grande maioria dos países.
13:29Não, não dá.
13:30Então, é um pouco disso que eu estou falando.
13:32Você criar uma guerra comercial com a China, criar uma guerra comercial não seria o certo.
13:38Mas você querer discutir as tarifas contra a China, ok, é entendível, é aceitável.
13:44De uma forma mais diplomática do que está sendo feita, seria o cenário ideal,
13:49mas faz sentido.
13:51Agora, você discutir isso com vários outros países,
13:54você culpar outros países como, por exemplo, Vietnã,
13:58países do sudeste asiático, outros países do sudeste asiático,
14:01cuja economia é ínfima, perto da economia americana,
14:05aí fica uma discussão ali que não faz muito sentido.
14:09Vai gerar qual o impacto na economia dos Estados Unidos?
14:12Não vai gerar tanto impacto.
14:14Então, assim, você está tarifando muita gente, você cria um desconforto no comércio global
14:19de uma forma talvez até desnecessária.
14:22Eu acho que o que Trump precisava ter feito era ter negociado melhor essas tarifas
14:27com quem realmente está explorando os Estados Unidos na visão dele.
14:32E aí seria mais com a China, porque a China realmente tem um superávit muito grande contra os Estados Unidos.
14:37É preciso negociar essas tarifas contra a China.
14:40A China tem empresas grandes, tem empresas que competem diretamente com as empresas americanas,
14:45tem empresas que estão ganhando outros mercados internacionais.
14:48Eu citei, por exemplo, a BYD, que está concorrendo contra a Tesla.
14:52Então, seria uma discussão mais aceitável.
14:54Agora, falar de Vietnã, falar até do Brasil,
14:57que os Estados Unidos têm superávit comercial contra o Brasil,
15:00falar que o Brasil está enriquecendo, aí já passa um pouco, viu, Marcelo?
15:04É, passa muito, né?
15:05E olha, nesta sexta-feira, em uma reunião entre líderes do Comitê Central do Governo,
15:10o presidente chinês, Xi Jinping, apontou para o estímulo à economia do país
15:14e uma oposição forte ao que chama de assédio unilateral no comércio.
15:19Veja a reportagem.
15:20O resultado da reunião, que contou com a presença do presidente Xi Jinping,
15:25foi publicado pelas agências estatais de notícia da China.
15:29Os comentários são uma repreensão velada às pesadas tarifas
15:33recentemente impostas ao gigante asiático pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
15:39que desencadearam uma batalha comercial de alto risco
15:42entre as duas maiores economias do mundo.
15:45O órgão mais influente do Partido Comunista Chinês
15:48prometeu trabalhar com a comunidade internacional
15:51para defender ativamente o multilateralismo
15:54e se opor às práticas de assédio moral unilateral.
15:58A brutal guerra comercial ocorre em um momento em que a economia chinesa
16:03sofre com o peso de problemas de longa data no setor imobiliário
16:07e a relutança dos consumidores em abrir as carteiras.
16:11Os líderes enfatizam a necessidade de aumentar o papel do consumo
16:15no estímulo ao crescimento econômico.
16:18Eles também pediram medidas para aumentar a renda
16:20e desenvolver o consumo de serviços,
16:23bem como a implementação de cortes importantes nas taxas em momentos apropriados.
16:28Pequim negou veementemente que existam negociações comerciais
16:32entre os Estados Unidos e a China
16:35depois de o presidente Donald Trump reforçar que há um diálogo aberto
16:39para solucionar o impasse entre as duas maiores economias do mundo.
16:44As tensões comerciais entre as potências ficaram mais intensas
16:48desde que Trump anunciou um aumento radical das tarifas, especialmente para a China.
16:54A taxa de 145% foi respondida por Pequim com impostos adicionais de 125%
17:01para as importações americanas.
17:03Imediatamente, os anúncios provocaram inquietação no mercado financeiro
17:08e atiçaram temores de uma recessão global.
17:11Mas de ontem para cá, os fechamentos demonstraram maior otimismo dos investidores,
17:17principalmente estimulados pelos resultados no primeiro trimestre
17:21apresentados pelas empresas de tecnologia.
17:24Os números ofereceram aos mercados algo mais para refletir,
17:28além das notícias relacionadas a tarifas.
17:31Enquanto permanece o impasse na guerra comercial,
17:34o Ministério das Relações Exteriores da China
17:36reafirmou o compromisso de o país abrir novas portas comerciais
17:41e que pretende acelerar as negociações
17:43para a atualização do acordo de livre comércio com a Suíça.

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