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Transcrição
00:00O que é o motorista que deu carona pra gente até aqui seja discreto?
00:27É, um sujeito parecia boa pessoa. Prestou até essa camiseta. Levanta aí.
00:35Quanto ao camping, nós não temos muita opção. Talvez a gente tenha que se esconder por lá.
00:42Esse pessoal que tava atrás de você, eles queriam te pegar e me incluíram no pacote.
00:49É, esses caras já tentaram me matar uma vez. Tenho certeza, são os mesmos caras.
00:54Agora só não sei o motivo, né? Que tipo de ameaça eu represento pra eles?
00:59Não sei. Será que eu sou algum criminoso?
01:02Não sei.
01:03Se você fosse um criminoso, era a polícia que teria vindo atrás de você pra te prender.
01:14Eles não iam querer te eliminar dentro de um hospital.
01:17Você sabe algum segredo?
01:19Você descobriu alguma coisa importante que incomoda a gente poderosa.
01:23Tudo é possível.
01:25Agora, cara de bandido você não tem.
01:26Tem alguma coisa a mais por trás dessa história.
01:31Algum mistério.
01:32Bom, mas de qualquer forma, obrigado aí pela tua consideração e solidariedade.
01:37Cabeça que tá meio confusa ainda com tudo que aconteceu.
01:41Só lembro daqueles caras que atacaram a gente da clínica.
01:43Eu não consigo pensar no que fazer.
01:45Quem são eles?
01:46Por que tanta obsessão assim?
01:47Queria acabar comigo?
01:49Vamos tentar encontrar o camping.
01:51A gente tem que se esconder.
01:52Depois a gente tenta falar com a doutora Gabriela.
01:55Só ela pode nos ajudar.
01:56Quero que ela faça uma cirurgia na minha cabeça e tire esse tumor de dentro de mim.
02:02Só assim eu vou saber realmente quem eu sou, de onde eu vim e pra onde eu vou.
02:13Não lembro por quê?
02:14Você acha que eu soube?
02:26É todo mundo virando bicho.
02:31Ninguém pode saber que eu sou gente.
02:33Já que não existe mais gente do mundo.
02:35Os peixes voam, gaivota.
02:37Os macacos falam inglês.
02:38Oh, yes, no, yes.
02:42As aranhas andam de motocicleta.
02:45Meu Deus.
02:46Eu quero pegar carona no disco voador e...
02:48Viajar para uma das moradas do pai que tem na confederação.
02:55Ficar bem longe dos bichos que querem morder a gente.
03:00Só tem bicho no mundo.
03:01Agora são eles que mordam.
03:03Ninguém pode saber que eu sou gente.
03:06Ninguém pode saber.
03:09Não pode.
03:12Meu, é incrível esse processo maluco de uma hora estar num lugar, depois num outro.
03:18Olha, esse teletransporte vai ser o transporte do futuro, hein?
03:21Pois é, se eu pudesse patentear, industrializar esse meu poder, eu ia ganhar muito dinheiro.
03:25Mas infelizmente, só eu posso me locomover dessa maneira super moderna.
03:30Ah, e bota o tamanho do que eu sou gente, né?
03:31Mas e aí, a gente vai lá na clínica visitar os meninos que estão em observação?
03:35Vamos, vamos sim.
03:37Mas depois de falar com aquele cara, o que será que ele está fazendo no nosso campo?
03:43Eu não quero saber de bicho preguiça falando no telefone.
03:47É uma impressão minha que está falando sozinho.
03:48Alô, ô meu rei, eu vou te pegar.
03:51Não, tá no baixo do arão do campo, tem uma bola de fogo na mão e taca na gente.
03:56Pá, pá, pá.
03:57O mundo agora é dos bichos do outro planeta, que fica fora da confederação que eu sei.
04:09E eu tenho medo deles.
04:11Oi, tudo bem, moço?
04:13Olha, olha-me dentro!
04:15Me acorde, senhor!
04:16Não!
04:19Você não me deixa em paz!
04:21Olha, volta para a nave espacial e fija o que nem me virou.
04:28Nave espacial?
04:29Luna, só dá maluco nesse campo.
04:31Pois é.
04:33Olha, eu sou a Luna e ele é o Tarso.
04:36Aqui é o nosso campo e como o senhor está por aqui, a gente quer saber se pode te ajudar.
04:40Ah!
04:42Vá de ré do satanás!
04:44Vota para o seu planeta, minha filha!
04:46Que não é da confederação que eu sei.
04:49Eu não tenho medo da sua língua que solta raio de fogo, nem dos seus olhos de luz paralisante, nem feita de silício.
04:57Raio de fogo? Olhos com luz paralisante?
05:00Não tenho medo!
05:02Por que você está rindo?
05:03Crepúsculo sueco!
05:04Para, para com isso.
05:06Você não está vendo que ele está falando sério?
05:08Só que ele fala uma coisa contra coisa.
05:11Será que ele veio no mesmo lugar que o Gaspar?
05:13Meu caro senhor, por gentileza, da onde o senhor veio e o que o senhor quer aqui no nosso campo?
05:20Ah, sai para lá! Mutantes de uma figa!
05:22Vão embora! Me deixem em paz!
05:25Ou então eu vou morrer vocês!
05:28Ah! Ah!
05:32Eu estou dentada! Estão me entendendo?
05:34Eu estou dentada!
05:36Está me ouvindo?
05:37Eu estou dentada em bastigo!
05:39Um por um!
05:41Você quer ver?
05:41Quer me ver?
05:42Quer virar? Me doem carnívoro, quer?
05:44Mexa comigo!
06:04Como eu vou enganar a Júlia?
06:07Meu Deus!
06:08Eu vou precisar muito da sua ajuda!
06:12Eu vou precisar de toda a sua luz interior!
06:18Trinta anos nessa cela!
06:23Tantos livros lidos!
06:26Tanta sabedoria!
06:27Para poder compreender o tamanho da minha ignorância!
06:32Or...
06:33Certo!
06:33E eu vou fazer a sua vida!
06:33Amém!
06:36Lei!
06:38Pensei!
06:40Repensei!
06:41Pedi o destino para preparar a oportunidade de se encontrar o mais valioso dos bens, a verdade.
06:53E com essa conjugação, verdade mais oportunidade, nasce a chance, o início, o ideal para o meu plano.
07:02Que vai satisfazer toda a minha curiosidade e desviar meu ódio e todo o pensamento negativo que existe em mim.
07:13Só para ter a consciência e lutar e conseguir e exercer a escolha de poder, como permite a luz.
07:24Deus, palavra maior, feita de justiça e paz, e que me dará forças para pôr em prática o meu plano.
07:38Eu tenho que, através da minha capacidade, preparar um ambiente propício.
07:46Ai, Senhor, nada pode dar errado.
07:48Eu tenho fé.
07:54Eu vou conseguir.
07:57Eu vou.
08:05Júlia.
08:07Júlia!
08:08Júlia!
08:10Onde você está?
08:12Júlia!
08:13Vem aqui embaixo que eu preciso falar com você!
08:16Volte aqui!
08:17Júlia!
08:18Ai, gente, eu pensei que eu ia morrer.
08:34Se não fosse meu maridinho querido, eu não estaria aqui tomando esse café da manhã maravilhoso com a minha família querida.
08:41Ainda bem que a gente agiu em equipe, né?
08:43Senão aquele lobisomem teria acabado com todo mundo.
08:46Gente, que coisa horrorosa, né?
08:48Onde é que nós vamos chegar?
08:51Que horror!
08:52Agora é mais essa.
08:54Danilinho Mutante.
08:56Será que ele é mutante mesmo, fofocha?
08:59Nossa, eu fiquei chocada com isso ali.
09:01Eu ia adorar!
09:02Eu ia adorar!
09:03Já pensou, Danilinho Mutante?
09:05Todos os músculos!
09:07Vete!
09:09O primeiro mutante gay da história, gente!
09:12Nem mais a minha fértil imaginação, que adora adorados, podia conceber uma coisa dessas.
09:21Você pode deixar o meu filho em paz?
09:23Pode.
09:23Que cara é essa, Danilinho?
09:34Por que você está tão pálido?
09:37Irmã, para de atormentar o Danilo, tá?
09:41Ele está perdido nos próprios pensamentos, dona Irmã.
09:44E se eu for mutante mesmo?
09:47Não.
09:50Acorda, vai.
09:51Vai.
09:51Ele não vai tomar seu café?
09:53Olha, gente, desculpa a minha falta de atenção, mas é que a possibilidade de eu ser um mutante
09:58tirou minha atenção total.
10:00Olha, eu estou tremulo, eu estou pálido, eu estou perdendo a cor.
10:03Será que você, será que você é mutante, Danilinho?
10:08Olha, pai, eu não sei, depois de ontem, tudo é possível.
10:13Ontem realmente foi um dia difícil, muito difícil.
10:17Mas eu pensando aqui, eu acho que, eu acho sim que a Júlia pode ter modificado geneticamente o Danilo.
10:25Com toda certeza.
10:27O Tony e o Rodrigo, eles são mutantes.
10:30Eles foram modificados.
10:33Eu acho que a Júlia poderia ter modificado geneticamente o gênero do Danilo.
10:42A única coisa que nós temos que descobrir é qual gênero animal ela usou.
10:51Como qual gênero animal, meu Deus do céu?
10:54Não é possível que não passe pela sua cabeça.
10:58Gente, vamos fazer uma aposta?
11:00A minha tia adorava jogar no bicho, dona irmã. É no milhar ou na simpia?
11:04No milhar.
11:06Tenta se controlar, mãe, por favor.
11:08Tia Irma, deixa de ser deselegante, tá?
11:10Eu não aguento mais essas insinuações.
11:14O que você falou, Lucinha?
11:15Mas será que você não consegue dar um minuto de trégua pro Danilinho, pro tio Ari?
11:19Gente, mas eu não tô fazendo nada.
11:22Eu tava brincando.
11:24O jogo, o aspecto lúdico, os números.
11:28Por exemplo, águia, um.
11:31Boboleta, três.
11:33Viado, quem te para?
11:35Chega.
11:35Ô, Aristóteles, isso não tem importância.
11:39Isso não tem a menor importância.
11:41Vocês esqueceram?
11:42Esqueceram do resultado daquele julgamento fatídico,
11:46daquela coisa horrorosa que devia ser deletada da nossa memória,
11:50do passado, do presente e do futuro?
11:52Vocês esqueceram que daqui a pouco aquele advogado da bea adornecida vai estar aqui?
11:56Esqueceram?
11:56Eu não esqueci, irmã. Não esqueci, tá bom?
11:59Tá marcado dele aparecer aqui hoje.
12:01É, agora que eles vão pro olho da rua.
12:06Rua da amargura sem número, fundos, manja.
12:10Coitados, Luciferá.
12:13Tão pobres feito Jó.
12:17Essa vai ser broca, meu.
12:18Aqui ninguém mais ficará depois do sol
12:29No final será o que não sei
12:33Mas será
12:35Tudo demais
12:38Nem o bem, nem o mal
12:41Só o rio caldo
12:44E essa luz
12:46A minha estrela vai se apagar
13:00Como brilhou
13:02Como um som que me calma
13:05Doutora Gabriela, bom dia.
13:10Bom dia.
13:10Eu voltei pro Guarujá assim que você entrou em contato.
13:14E aí, quais são as novidades?
13:16Bom, na verdade não tem novidade nenhuma.
13:18É que ontem eu fiquei muito assustada.
13:21Foi um dia muito violento aqui na clínica.
13:23E eu fiquei com medo de falar.
13:25Mas, após uma noite meditando sobre o meu travesseiro
13:28Eu resolvi contar o que aconteceu.
13:31Ótimo.
13:32Pode falar.
13:33Realmente o Valente estava internado aqui na clínica.
13:35Mas ele fugiu.
13:36Como assim? Fugiu? Fugiu por quê?
13:39Por favor.
13:39Eu também gostaria muito de saber.
13:44Mas foram os agentes do DPCon, seus colegas, que chegaram aqui usando nomes falsos e atiraram nele.
13:51Mas que nome que eles estavam usando?
13:53Ele chegou dizendo que se chamava Celso Setembrini.
13:56Celso Setembrini.
13:58E eu acabei descobrindo que eles eram agentes do DPCon por acaso.
14:03Mas foi um absurdo o que eles fizeram.
14:05O Valente podia ter morrido.
14:07Eu concordo. Eu concordo com você.
14:09Fica tranquila que eu vou cuidar dessa história pessoalmente.
14:11Isso não vai se repetir.
14:12Eu sei muito bem quem são esses agentes.
14:14E eles já foram denunciados para corrigidor e estão sendo investigados.
14:18Ótimo.
14:19Acho muito bom.
14:20Mas agora sou eu que estou precisando de você.
14:21Esse Valente, esse rapaz, ele está sendo procurado.
14:27E eu estou tentando descobrir exatamente porquê.
14:30Mas para isso eu preciso saber.
14:31Preciso ter informações sobre ele.
14:33Quem ele é, o que ele faz.
14:35Você sabe alguma coisa sobre isso?
14:38O Valente chegou aqui desacordado.
14:40Ele tomou seis tiros e sobreviveu por um milagre.
14:43Ele perdeu a memória.
14:44Ele não lembrava absolutamente nada.
14:47Ele só imaginava que se chamava Valente
14:48porque era o homem que aparecia com mais frequência entre os documentos dele.
14:52Como assim?
14:54Tinha mais de um nome aparecendo nos documentos dele?
14:57Sim.
14:58Vários.
14:59Todos diferentes.
15:01E cada um tinha um sobrenome que correspondia a um local de São Paulo.
15:05Sé, Ibirapuera, Ipiranga.
15:07E outros que eu não lembro mais.
15:09Esquisito.
15:12Eu preciso ver esses documentos.
15:14Olha.
15:16Teve um tiroteio terrível aqui na clínica.
15:18ataque de vampiro.
15:20E eu não sei onde esses documentos foram parar.
15:22Talvez o Valente tenha levado tudo com ele.
15:25Estava tudo na mesinha de cabeceira.
15:28E não está mais.
15:29Ok.
15:31Se por acaso você conseguir encontrar algum desses documentos,
15:35ou tiver alguma pista do paradeiro dele,
15:37eu peço que, por favor, você entre em contato comigo.
15:40Pode ser por telefone, por e-mail.
15:42Como você preferir.
15:43Tudo bem.
15:47Agora eu preciso ir.
15:48Eu preciso medicar os rapazes antes que eles acordem.
15:51Por favor, mais uma pergunta, doutora.
15:54O Valente realmente não lembrava de nada.
15:57Ele não deixou nenhuma pista.
15:59A única coisa que ele lembrou foi do policial que esteve hoje aqui.
16:02O que se fez passar por Celso Setembrinho.
16:04E foi o mesmo que tentou matá-lo da outra vez.
16:10Inicença.
16:13Eu sabia.
16:16Foi o Fredo.
16:18Agora que mistério é esse?
16:20Quem é Valente?
16:22Por quê?
16:23Por que você quer matá-lo?
16:25Não sei se quer me estar aqui.
16:44Por que você quer me estar aqui?
16:49Por que você quer me estar aqui?
16:53Então é você, o lobisomem, que tava causando problemas na zona sul.
17:01Eu não sou lobisomem.
17:02Eu sou um homem lobo.
17:03Eu tenho genes de lobo.
17:04Ah.
17:06E você acha que é melhor por causa disso?
17:09É tudo farinha do mesmo saco.
17:12Mutante nojento, asqueroso, assassino.
17:15Tem que morrer.
17:17É, doutor.
17:17Isso aí não vai causar mais problema pra gente.
17:19Ah, não vai, não.
17:20Não vai.
17:21Fim da linha, lobinho.
17:21Não vai, sabe por quê?
17:23Porque quando o DPCOM estiver vazio, não tiver mais ninguém aqui, assim, de madrugada,
17:29eu vou acabar com você.
17:33Brilhante, doutor.
17:35Legítima defesa.
17:36Isso.
17:37Legítima defesa.
17:39Eu vou ser apenas mais uma vítima tentando se defender do ataque feroz de um OGM,
17:44organismo geneticamente modificado.
17:50Caralho!
17:51Crescino!
18:07Crescina.
18:07Crescina.
18:08Vocês dormiram bem?
18:09Nossa, que nem uma pedra.
18:12Desde que meu pai desapareceu, eu nunca dormia tão bem.
18:14Gente, a cama é tão fofinha, os lençóis são tão macios.
18:18Olha, eu só tinha vestes sem revista em TV.
18:19A casa de vocês é linda.
18:21Olha, eu quero que vocês dois sintam-se em casa, tá?
18:23Se sentir fome, qualquer coisa, pode saltar de ladeira.
18:26Nada de fazer cerimônia.
18:28Valeu, então.
18:29Ai, gente, obrigada por tudo que vocês estão fazendo.
18:32Olha, mais tarde, quando a gente voltar do hospital,
18:34a gente leva vocês pra dar uma volta por São Paulo e conhecer a cidade, tá?
18:38Beleza. Vai ser o máximo, cara.
18:41Nossa, São Paulo é muito grande.
18:42Eu tava olhando ali um pouquinho do quarto.
18:44Só esse bairro onde vocês moram tem muito mais gente que quer ver a caçada inteira.
18:47Se vocês quiserem, depois vocês podem ir pro Ibirapuera.
18:50Fica aqui na frente.
18:51Vocês nos desculpem, viu?
18:53A gente não tá podendo dar atenção que vocês merecem,
18:55mas é que com essa história do nosso avô...
18:56Não, imagina, gente. A gente entende, né?
18:58É, beleza.
18:59Eu tô achando que ele não vai resistir, não.
19:04É, Ju.
19:04Eu também já tô começando a perder as esperanças.
19:10O caso do avô é muito sério.
19:12Que isso, Lucas?
19:13Você tem que ter fé, cara.
19:14Não pode perder esperança.
19:16Ele ainda pode reagir.
19:18Mas só você tem que pensar que o avô de vocês vai ficar bom.
19:21Olha, eu ainda tenho esperança de encontrar meu pai vivo e dele voltar pra casa.
19:26Isso seria ótimo.
19:28Tomara que esse dia chegue logo.
19:33O pai de vocês vem buscá-los, né?
19:35É, mas sinceramente, vai.
19:37Ué, falei alguma coisa errada?
19:39É.
19:40Vocês não adorariam reencontrar o pai de vocês?
19:43Claro, dona Cassandra.
19:44É o que a gente mais quer.
19:46Eu também.
19:47Quero muito que vocês voltem logo pra casa.
19:49Aliás, o quanto antes.
19:52Olha, dona Cassandra, a gente não quer incomodar.
19:54A gente pode ir embora.
19:55É, acho melhor a gente ir embora, né, Aqueles?
19:57É, eu acho ótimo também, né?
20:01Mesmo porque, olha aqui, se o pai de vocês morreu mesmo,
20:04vocês não vão poder ficar aqui pra sempre.
20:07São menores de idade.
20:08Vão ter que ir pra uma instituição do governo, um orfanato.
20:11Mãe, para com isso.
20:13Eles vão ficar aqui.
20:14A Agatha e o Aquiles ficam nessa casa.
20:19Ai.
20:21O que foi, filha?
20:22Os bebês.
20:27Eu tenho uma mulher.
20:36A mesma mulher que os aviantes, mas eu não sei quem ela é.
20:42Ela e a Maria.
20:47Elas estão com os bebês.
20:50A Maria.
20:51E a Maria vai atacar os bebês.
21:06Ai, que noite maravilhosa, meu amor.
21:11Acordei morrendo de fome, sabia?
21:13Vlado?
21:18Vlado, cadê você?
21:22Ai, que estranho.
21:25Como é que saia assim, sem avisar?
21:26Será que...
21:28Vlado?
21:30Será que ele foi embora e me deixou aqui sozinha?
21:33Não.
21:34Claro que não.
21:35Eu não faria isso comigo.
21:36Agora, o que que eu faço?
21:38Preciso comer alguma coisa.
21:39Não tem nada pra comer aqui.
21:41Preciso me alimentar.
21:44Preciso de sangue.
21:49Bom dia.
21:52Já de pé, meu amor?
21:53Queria te fazer uma surpresa.
21:55Ai, o que?
21:57Ai, meu amor.
21:59Que bom que você tá aqui.
22:02Achei que você tivesse ido embora.
22:04Que história é essa?
22:06Eu nunca vou te deixar, Emelina.
22:10Eu pensei, sabia?
22:11Por um instante.
22:12Não, nunca, nunca.
22:14Demorei muito pra te encontrar.
22:16E agora que eu achei uma mulher que me entende,
22:18que me ama como eu sou,
22:20eu nunca vou te deixar.
22:22Olha a surpresa que eu trouxe pra você.
22:25Café da manhã.
22:26Ah, Vlado.
22:27Vlado, eu não tô acreditando que você fez isso.
22:29Não acredito.
22:30Eu te pedi tanto, Vlado.
22:31Por que que você fez isso?
22:31Não dá atacando alguém, não foi?
22:32Mataguei ninguém.
22:33Ah, não.
22:34Não, então o que que é isso aí?
22:35Passando de animal, não foi isso que a gente combinou?
22:37Hein?
22:40Desculpa, meu amor.
22:41Eu pensei que...
22:43É, você sempre pensa, né?
22:44O pior de mim.
22:45Esse que é o problema.
22:47Qual é, hein, Isis?
22:48Eu tô fazendo de tudo pra te agradar.
22:51Tô fugindo da minha própria natureza e você só desconfiando de mim.
22:55Ai, amor, desculpa.
22:58Você tem toda a razão, tá?
23:00Desculpa, não queria chatear você.
23:04Você tem sido um príncipe comigo.
23:07Eu tô gostando muito de você, sabia?
23:09Eu também, muito, muito, muito.
23:11Cada dia mais, por favor.
23:14Então bebe, bebe.
23:15Deve ser o café da manhã que ela tá fresquinha.
23:21Isso.
23:21Tá uma delícia, Vlado. Obrigada.
23:29De nada.
23:30Tem boas novas, meu amor.
23:33Encontrei outro barco, perto daqui.
23:36Mentira, outro barco?
23:37Agora a gente vai embora daqui.
23:39Pode ter certeza.
23:40Ai, não acredito.
23:41Quer dizer que finalmente a gente vai embora mesmo daqui.
23:44Vamos, vamos, vamos.
23:45Tava caminhando pela praia, encontrei o barco, ele até...
23:48Tava bem escondido, eu dei muita sorte.
23:51O bom é que a gente não vai nem precisar mais ser até um curador da doutora Júlia.
23:55O barco tá bem mais perto.
23:59Então, vamos embora pro continente, amor.
24:02Vamos embora pro continente.
24:11Quando vocês forem embora aqui desse aí,
24:13vocês prometem que levam ele e meu pai juntos?
24:17É claro, Vavá.
24:19Você fica tranquilo.
24:22Mas o barco é grande.
24:23Cabe o meu pai.
24:25Porque o meu pai, sabe...
24:28Ele é meio gordinho.
24:29Ih, olha ali, ô.
24:31Seu bundudo, para de falar assim comigo.
24:33Eu não sou nada gordinho.
24:34Isso aqui é excesso de gostosura.
24:37Valeu.
24:38Valeu, paixão.
24:39Pode ficar tranquilo, Vavá.
24:40Cabe sim, tem lugar pra todo mundo.
24:41Ai, eu não vejo a hora de ir embora dessa ilha.
24:45Parece um sonho que eu vou voltar pra casa.
24:47É, mas se tudo correr bem, não vai demorar pra acontecer.
24:50Falta pouco agora.
24:51Inclusive, a gente já precisa ir pro laboratório da doutora Júlia.
24:54Ô, doutor de pergura.
24:55Vocês estão com essa ideia na cabeça.
24:57Pra mim, isso é suicídio, isso é perigoso.
25:00Se vocês forem não voltar, como é que meu pai vamos embora?
25:04Vavá, fica tranquilo.
25:05Eu te prometo que a gente vai voltar.
25:08É, Vavá.
25:09A gente precisa salvar dois bebezinhos lindos que estão precisando da nossa ajuda.
25:13E se a gente não salvar esses bebezinhos, o mundo acaba.
25:15Então a gente tem que salvar o mundo.
25:21Então é melhor vocês irem logo, sabe?
25:23Aquelas criancinhas não podem ficar na mão daquela doutora maluca, aquela doutora é louca.
25:28Mas eu e meu piratinho, nós vamos ficar aqui, tá?
25:30Nós não vamos não.
25:31Não vamos.
25:31Pode ser que tenha até mais gente presa por lá.
25:35Eu tô com esperança que a mãe de um desses bebês possa ser a Bianca, aquela minha amiga.
25:39Mas o pai, a gente tem que salvar nossos amigos.
25:42Não, não peludinho, peludinho no meu coração.
25:45Nós não vamos não.
25:46Essa ilha é muito perigosa pras crianças.
25:49Olha aí, liga do bem vocês.
25:50Nos perdoem, mas é porque até uma criança com superpoderes como meu filhotinho
25:55corre muito risco aí nessa ilha, né?
25:57E depois a gente quer até ajudar, mas eu posso sempre ficar nervoso,
26:00virar lobisomem, estragar tudo.
26:03Não se preocupa não, Pachola.
26:05É até melhor vocês não irem, porque lá é muito perigoso.
26:08Ei, por favor, não saiam daqui.
26:10Agora, é claro, se vocês precisarem se defender de algum monstro, é tudo bem.
26:14Sai, mas se puder voltar...
26:15Logo, logo, se Deus quiser, a gente volta pra buscar vocês.
26:18Iba!
26:19Nós vamos embora, Pachola.
26:22Vamos, filhotina.
26:23Vamos embora daqui, eu tenho certeza.
26:25Porque Deus é pai, não é padrasto.
26:27Eu tô assim com o homem, eu tô assim com ele, eu tô assim com ele, né?
26:30Bom, melhor nós nos vim, que já perdemos muito tempo.
26:36Vamos sim, Beto.
26:37Mas antes eu queria fazer uma oração pra pedir proteção, tudo bem?
26:40Vamos, vamos, vamos.
26:47Senhor, meu Deus, nos proteja.
26:50Dessa missão depende o futuro da humanidade.
26:52Nós confiamos na força do amor pra nos guiar e iluminar o nosso caminho.
26:58Por favor, meu Deus, nos livre de todo o mal e nos faça corajosos pra enfrentar essa batalha.
27:05Que a força do bem vença e triunfe contra a maldade.
27:09E que o seu amor, que é infinito, encha os nossos corações de paz e esperança pra vitória.
27:17Amém.
27:17Amém.
27:18Amém.
27:19Amém.
27:19Amém.
27:19Amém.
27:22Olha, que luz mais linda.
27:27É a luz do amor que vem nos abençoar, Vavá.
27:31Ela tá aqui pra guiar a gente.
27:33Agora eu tô me sentindo até mais forte.
27:36Pronta pro que der e vier.
27:38O amor é a nossa arma mais poderosa.
27:47Então, estamos prontos?
27:50Não falta nada?
27:52Olha, a luz tá mostrando o caminho.
27:59Tchau.
27:59Tchau.
28:00Tchau.
28:00Tchau, né?
28:01Por Deus.
28:02Cuidado.
28:02Tchau, tchau.
28:13Legenda Adriana Zanotto
28:43Legenda Adriana Zanotto
29:14Eu quero a mulher peixe. Felinos como eu adoram peixe.
29:18Não se meta com a gente.
29:21Ou então eu serei obrigado a usar o meu poder contra você.
29:24Eu sou capaz de te estrangular com a força do meu pensamento.
29:27Eu tô morrendo de medo, cara.
29:30Eu quero comer a sereia.
29:31E ninguém vai me impedir.
29:33Faz muito tempo que eu não como um peixinho gostoso assim.
29:36Deixa comigo, Cris.
29:42Nem se aborreça com esse cara aí.
29:45Eu vou cantar algo pra ele e ele vai ficar bem mansinho e vai nos deixar em paz.
29:48Cris.
29:49Não!
29:49Tchau, tchau.
30:19Tchau, tchau.
30:49Tchau, tchau.
31:19A gente decide o almoço.
31:23Linda fúria, que delícia.
31:26Nós alimentamos a alma agora com beijos e carícias.
31:30E depois a gente alimenta o nosso corpo com carne e peixe.
31:35Tem muita comida aqui.
31:36Só que agora eu tô com fome de você.
31:39Vem cá, fome de ela.
32:09Família Maia, vamos estourar uma champanhe.
32:25E olha que essa safra aqui é fabulosa.
32:27É a última garrafa da adega.
32:29Turma, agora zerou geral, manja.
32:32Nossa, você bebeu até a última gota, né, Aristóteles?
32:36Olha que você, irmã, você me ajudou muito.
32:41Quem aceita uma taça?
32:42Bom, já que é a última garrafa da adega...
32:44Eu não posso, que eu tô grávida.
32:48Lucinha, Lucinha.
32:50Uma tacinha não vai fazer mal ao bebê.
32:53Por favor.
32:54A minha barriga começou a aparecer.
32:56Também já tenho cinco meses de gravidez, né?
32:57Já tava na hora.
32:58Ai, tio, eu aceito.
33:00Eu vou brindar com a família
33:01a última garrafa de champanhe.
33:07Ô, Batista,
33:08pega uma tacinha, por favor.
33:10Eu faço questão.
33:12Já que talvez a gente não tenha
33:13dinheiro para manter o seu emprego.
33:16Uma tacinha.
33:19Por favor.
33:22Meu Deus, isso aqui me pergou.
33:24Aristóteles, cuidado com essa rolha.
33:25Meu Deus do céu, olha as obras de arte.
33:27Deixa comigo, doutor, ali.
33:30Deixa comigo, deixa comigo.
33:34Deixa comigo, doutor, ali.
33:40Saúde!
33:46Eu quero, Batista.
33:51Põe só um medinho
33:52para não fazer mal para o meu bebê.
33:56Obrigada, Batista.
33:58Tá bom, pega.
34:00Não desperdiça.
34:02É a última.
34:05Aqui, um brinde.
34:07O Batista.
34:09Um brinde.
34:10Irmã.
34:12Tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim, tchim.
34:14Essa vai ser a nossa única fortuna.
34:17A partir de agora, saúde.
34:19Saúde, amor, paz, alegria e prosperidade.
34:23Não me falem prosperidade, Regina.
34:26Bom, eu vou brindar com vocês em espírito.
34:28Saúde.
34:29Pode crer, Lucinha.
34:31Essa é a melhor fortuna que um homem pode desejar.
34:34Sempre.
34:35Saúde.
34:35Ai, que delícia.
34:42Meu Deus do céu.
34:43Agora, se aquele advogadozinho e aquela Maria pensam que vão chegar aqui e vão levar
34:52tudo de mão beijada, estão muito enganados.
34:57Muito enganados.
34:58Porque eu não desisti da minha ideia.
35:03E eu acho que vocês devem fazer a mesma coisa.
35:06Gente, a gente não pode perder a dignidade.
35:09A gente não pode perder a pompa e a circunstância.
35:14Agora que perdemos tudo, eu não sei como a gente vai manter o nosso pão de cada dia.
35:19Ainda mais agora, né, Lucinha, que essa intervenção federal na progênese...
35:25Ai, que coisa boa.
35:26Nós fomos destituídos da diretoria.
35:29Isso é grave.
35:30Resumindo, a fonte secou.
35:32Por isso que eu sou adepto da ideia da tia Irma de usurpar as coisas da mansão antes
35:37que o advogado chegue.
35:38Ai, gente, é tão legal, né?
35:40Nós merecemos continuar ricos.
35:43Ah, não, gente.
35:43Por favor, né?
35:45Querer usurpar as coisas do espólio que pertencem à Maria, pelo amor de Deus, isso
35:48é um absurdo.
35:49Imagina.
35:50Ai, que coisa chata, Regina.
35:52Que mania.
35:53Tudo certinho.
35:54Matemática, física.
35:55Essas coisas...
35:56Eu não sou a pessoa politicamente correta.
35:58Eu detesto gente politicamente correta.
36:00Eu sou um fecho de contradições.
36:02Eu prefiro perder a dignidade do que perder o status.
36:07Eu me recuso.
36:08Eu me recuso a viver na miséria.
36:10Vocês nunca passaram por isso, né?
36:13Mas eu já.
36:14Vocês deviam jogar as mãos para os céus e agradecer.
36:18Eu não quero.
36:19Eu não quero mais viver do favor dos outros.
36:22Não vou viver mais assim.
36:24Ai, meu Deus.
36:24Fiquei deprimida agora.
36:26Fiquei deprimida de lembrar desses tempos.
36:29Ai.
36:30Esses tempos de vacas magérrimas.
36:33Vacas tão magras, tão magras, que pareciam um modelo com anorexia.
36:42Meu Deus do céu, a coisa foi feia então, hein, madame?
36:45A coisa vai ficar feia, Batista, quando nós formos obrigados a sair desta mansão.
36:50Daqui a pouco, depois que o doutor Carvalho chegar.
36:53Ah, Simone, você tá triste.
36:59O que é que você tem, minha filha?
37:01Preocupada com o Mauro, Marisa.
37:03Só isso é...
37:04Liguei agora há pouco lá pro hospital.
37:06Ele tá passando muito mal.
37:08Sabe, notícias não são nada boas.
37:11Eu sei que quando eu acabar do café, eu vou lá.
37:13Tem que ter fé, dona Simone.
37:15Fé é tudo nessa vida.
37:17Eu digo isso pro Ernesto todo dia.
37:18Finalmente tá dando certo.
37:20Né, amor?
37:21Tá sim, minha mãe.
37:22Claro que tá.
37:23Olha, dona pequenina.
37:27Eu sei que uma hora dessas é muito difícil dizer qualquer coisa.
37:30Mas eu...
37:31Eu também passei uma fase muito difícil, viu?
37:33Onde eu acabei perdendo até a vontade de viver.
37:36Mas aí o tempo vai passando.
37:38A gente começa a se acostumar com a nova vida.
37:40E graças ao bom Deus, a gente vai ficando cheio de fé no futuro.
37:44Ainda mais agora, né, meu amor?
37:46Que eu saí daquele hospital e vim aqui pra esse apartamento maravilhoso.
37:49E cheio de pessoas especiais assim como você.
37:52Ai, amor.
37:52Obrigado, viu?
37:53Do fundo do meu coração.
37:54Obrigado.
37:54A gente tá adorando o nosso cantinho, dona Simone.
37:57Ai, que coisa boa.
37:58Fico feliz por vocês, viu?
38:00Que bom.
38:00A gente mandou um abraço, Ernesto, pro pessoal do DP Com.
38:03Miguel e Aline.
38:04E prometeram te fazer uma visita.
38:06Ah, é?
38:07Que legal.
38:08Eu adoro eles dois, carvalho.
38:10E vem cá, eles devem estar trabalhando pra caramba, né?
38:11É, essa quantidade de mutantes que andam por aí, eles devem estar ralando e muito.
38:18Então, estão ralando bastante, estão bastante ocupados os dois.
38:21Vida de policial sabe como é que é, né?
38:23No DP Com, então...
38:25Pois é, carvalho.
38:25Eu adoraria voltar a trabalhar, cara.
38:28Às vezes eu fico aqui dentro de casa sem nada pra fazer.
38:30Me dá uma tristeza.
38:31Mas também voltar pra trabalhar pra fazer o quê, né?
38:34Como?
38:34De que jeito?
38:35É, mas trabalhar é bom até, não é?
38:38É, quem sabe, de repente, você poderia ajudar nos serviços internos.
38:42Inteligência, investigação.
38:44Não vai precisar ir pra rua.
38:45Quem sabe na delegacia.
38:46É uma ideia, né, carvalho?
38:48Você me conhece, carvalho.
38:50Você é meu amigo há muito tempo.
38:51Eu adoro trabalhar no campo, sabe?
38:52Na adrenalina, estourando o cativeiro, correndo atrás de bandido.
38:56Mas também, de repente, é uma ideia, né?
38:59Pode ser interessante trabalhar na inteligência do DP Com.
39:02Mas, carvalho,
39:03Você é meu camarada, você sabe, né?
39:05Eu sempre gostei de investigar.
39:07E olha, eu quero muito voltar a fazer isso.
39:10Eu acho ótimo.
39:13É isso mesmo.
39:15Falando em trabalhar, eu também preciso arranjar um emprego.
39:19Agora que o circo acabou, eu não sei o que fazer, mas eu preciso trabalhar, né?
39:22Ih, meu amor, você vai.
39:24Olha, Esmeralda, se eu ficar sabendo de alguma coisa, eu juro que eu te falo.
39:28Mas você acaba conseguindo, minha querida.
39:30É como você mesma falou agora há pouco.
39:32Tem que ter fé.
39:32É, é isso mesmo.
39:34É, é isso mesmo.
39:35Vocês vão me dar licença.
39:37Eu tô saindo, tô indo lá pro hospital.
39:41Marisa.
39:41Ah, é isso mesmo?
39:42Vem comigo, vem.
39:43Vou, vou, minha querida.
39:45Mesmo que eu não entre na UTI, eu fico do lado de fora te dando aquela força.
39:50Ai, que bom, que bom.
39:52Porque, olha só, eu tô com tanto medo, viu?
39:55Que o Mauro acaba e morreram.
39:57Tudo, tudo, sim.
39:58Mas, por outro lado, eu fico pensando, eu não desejo pra ele uma vida numa UTI ligada a aparelhos.
40:08Oh, meu Deus, ninguém merece isso, né?
40:11É, é verdade, dona Simone, só ela tem toda a razão.
40:14Bom, eu também tô de saída que eu tenho que passar em casa pra me arrumar pra ir à mansão da família Maia.
40:19Boa sorte.
40:21É, vou precisar de sorte pra convencer a família Maia a sair da mansão.
40:24Vocês querem carona?
40:27Ah, sim, eu aceito.
40:28Eu tô, obrigada.
40:29Tchau, meus queridos, fiquem com Deus.
40:31Tchau, dona Simone.
40:32Vai com Deus, tá?
40:33Fica com Deus, não sei de dúvida.
40:34De bom lá.
40:34Tchau, Ernesto.
40:35Vai com Deus.
40:36Obrigado pela visita e manda um abraço pessoal pro DP Ron.
40:38Mando sim.
40:39E um beijo, Esmeralda.
40:52Ai, ai.
40:53Meu corpo todo dói.
40:56Parece que tá queimando por dentro.
41:00Será que essa mutação vai mesmo tomar conta de mim?
41:07Eu não vou deixar esse instinto selvagem me dominar.
41:12Ele tá vindo com muita força.
41:15Mas eu sou mais forte.
41:19Eu vou domesticar.
41:20Essa criatura perigosa que nasceu em mim.
41:36Meu Deus, Nath.
41:37Você se transformou mesmo em vampira.
41:39Fica tranquila, doutora.
41:41Eu não vou te atacar.
41:42Não é possível ficar tranquila perto de uma vampira.
41:45Mesmo sendo você.
41:47Se afasta de mim, por favor.
41:50Você não me conhece, Gabriela.
41:52Quando eu tomo uma decisão, nada e nem ninguém me faz voltar atrás.
41:59E eu decidi que não vou deixar esse vírus do vampirismo me dominar.
42:03Eu posso até estar com os dentes grandes.
42:10Uma vontade de atacar.
42:19Mas eu sou mais forte.
42:20Eu tenho poder sobre o meu corpo e sobre as minhas emoções.
42:30Eu espero que você esteja certa, Nath.
42:33Mas de qualquer forma, é melhor a gente não arriscar.
42:36Eu realmente não quero ter uma sangue assugada com você.
42:43Isso aqui é sangue de boi.
42:45Eu mandei buscar na batedora aqui perto.
42:47Eles colaboram com a gente de vez em quando.
42:51Vamos ver se satisfaz sua necessidade.
42:56Mas eu não vou ficar aqui pra ver, tá?
43:13Ai.
43:15Ai, que bom.
43:17Acho que eu tô voltando ao normal.
43:23Será que eu vou ter que ficar tomando sangue de boi pra não atacar ninguém?
43:27Ai, que horrível.
43:30Ai, meu Deus.
43:32A natureza do vampiro é mais forte que eu imaginava.
43:37Eu tenho tanto medo de acabar atacando alguém.
43:39Mas eu preciso resistir.
43:45Eu preciso resistir.
43:47Eu preciso.
43:55Eu já disse.
43:57Vão embora e me deixem em paz.
44:00Mutantes do mal.
44:01O campeão é nosso.
44:03Quem tem que ir embora é você, pô.
44:04Calma, tá?
44:05Você pode ser perigoso.
44:07Você não ouse me enfrentar.
44:09Pirralho.
44:10Seu pirralho.
44:11Eu tenho amigos.
44:13Embaixo da terra.
44:15Eu posso me comunicar com eles.
44:17Se eu quiser.
44:19Entendeu?
44:19Alô?
44:29Alô?
44:30Olha.
44:31Tem um casal de australapitecos querendo me atacar.
44:36Pronto.
44:37É só chamar que a qualquer momento eles vêm me ajudar a derrotar vocês.
44:43Amigos debaixo da terra.
44:45Tá.
44:45Eles saíram de Mu, o continente perdido, pra viver nas profundezas da terra.
44:56Foi a forma que encontraram pra proteger os segredos da segunda raça.
45:01O que esse cara tá falando, hein?
45:03Esse cara é doidão.
45:05É, ele é doidão, sim.
45:06Já ouvi falar nessa parada de continente perdido.
45:09É Mu ou Lemúria.
45:10É um continente que afundou há milhões de anos por causa de uma falha geológica.
45:14É uma coisa meio mítica, sabe?
45:16Sim.
45:17A segunda e a terceira raça voltarão pra dominar o mundo.
45:23Eles são mais evoluídos e inteligentes do que nós.
45:29O a do eixo da terra mudar.
45:32Tudo, tudo, tudo ficará embaixo da água novamente.
45:36E vocês, mutantes, estarão perdidos para sempre.
45:41Para sempre.
45:42Mas agora eu preciso ir.
45:46Tchau.
45:49Vou navegar com o meu barco pelos mares do universo.
46:01Onde está o meu barco?
46:04Rosana?
46:04Zana?
46:07Zana.
46:08Zana?
46:10Zana?
46:11Zana.
46:13Zana.
46:19Zana!
46:20Zana!
46:21Zana!
46:23Caraca, Luna, esse nosso câmbio tá parecendo para a raio de maluco.
46:39Ah, acho melhor a gente ir embora, hein?
46:40Ah, também acho, viu?
46:42Bom, mas e os meninos, hein? Tô preocupado com eles.
46:46Eu também. Depois a gente dá um pulinho na trinta.
46:49Agora acho melhor a gente ir lá pra casa, que esse câmbio aqui tá sem rosto.
46:53Aguada.
47:23Aguada.
47:25Aguada.
47:27Aguada.
47:29Aguada.
47:31Aguada.
47:33Aguada.
47:35Aguada.
47:37Aguada.
47:39Aguada.
47:41Aguada.
47:43Aguada.
47:45Aguada.
47:46Quinta, então, que você está com dor.
47:56Vou precisar examinar você para ver se está tudo ok.
48:00Eu vou chegar à sua pressão, verificar seus batimentos cardíacos.
48:03Esses tranquilizantes de dardo às vezes custam a sair da circulação sanguínea.
48:08Tudo bem?
48:09Tudo bem.
48:11Então, bate com ele.
48:12Senta aqui na cama e me dá o seu berço.
48:16O que foi?
48:20Você está com medo de mim?
48:22De mim?
48:23Será que você tem algum problema?
48:27Pode ficar calmo.
48:29Eu não vou fazer nada com você.
48:31Fica tranquilo.
48:34Tranquilo?
48:40Eu estou sentindo mil aranhas anando dentro de mim.
48:43Eu estou virando aranha.
48:46Calma.
48:50Eu não vou te dar outra coisa.
48:52Mediana aqui.
48:53Mediana aqui, me solta.
48:55Me solta.
48:57Ela prendeu a gente.
48:59Doutora, me solta.
49:00Me solta agora.
49:01Vai ter pior para você.
49:01Eu não vou ficar calmo.
49:03Por favor.
49:13Solta.
49:15Calma.
49:15Aqui ninguém mais ficará depois do sol.
49:41No final será o que não sei.
49:45No final será o que não sei.